30.6.09

pina bausch morreu

não posso crer. agora morreu a pina bausch. tinha 68 anos e soube há cinco dias que padecia de um cancro. isto, com os aviões sempre a cair, não me parece nada aceitável. a pina bausch, caramba, a pina bausch

freaks

freaks, de tod browning, foi o filme que escolhi para a exposição do clube de cinema 8 e meio. o resultado está aí em cima. sexta-feira, dia 3, inaugura a exposição, com concerto dos porto ruby e porto de honra. na biblioteca municipal rocha peixoto, póvoa de varzim.

josé rui teixeira

«Quando eu era criança o inverno era frio, muito frio; o verão era quente, muito quente; no tempo das chuvas, chovia; no tempo da canícula, o calor era mesmo muito intenso. Há 30 anos o clima era tão estável como a minha vida ou a casa da minha infância. Há 20 anos eu saí da casa da minha infância e a minha vida tornou-se uma diáspora; o inverno nunca mais foi tão frio e o estio nunca mais foi tão quente. Agora percebo que é provável que as alterações climáticas não se devam ao aquecimento global, mas à separação dos meus pais.»

no seu blogue, equinócio de outono, o josé rui teixeira escreveu o que está acima e eu amei

26.6.09

«manhã submersa», de lauro antónio, uma escolha sem hesitações



o clube de cinema oito e meio - póvoa de varzim - organiza uma exposição colectiva para a qual convidaram alguns artistas e amigos a interpretarem plasticamente um filme que os tenha marcado. eu escolhi a «manhã submersa» do lauro antónio, que foi criado suportado no livro de vergílio ferreira. o meu trabalho é o que vêem acima. não sou artista plástico, de todo, esforço-me de boa vontade para fazer o melhor que possa e, tendo sido convidado, quis muito homenagear um filme que me impressiona. um filme português - como alguns outros - que me impressiona de facto, pelo retrato claustrofóbico de um país que, aqui e acolá, ainda tende a guardar-se do tempo, como medo de amadurecer. é uma vergonha não pintar melhor, mas a homenagem é sincera.
aqui podem encontrar informações mais precisas sobre esta iniciativa, da qual faz parte o meu colega, o grandioso esgar acelerado

contra a alienação do «palácio de cristal». a ver se não se estraga tudo de uma vez na cidade do porto. uma petição está online acabada de chegar

A aprovação na reunião de 23 de Junho da Câmara do Porto, com os votos do PSD, CDS e PS, da privatização e da chamada “requalificação” do Pavilhão Rosa Mota é mais um passo na destruição pelo Executivo PSD/CDS, com a cumplicidade do PS, de um património que os transcende e que incumbe à cidade respeitar, preservar e melhorar. Se tal proposta chegar a ser concretizada, verificar-se-á não só uma alteração radical da área circundante do pavilhão (lago e tílias) por força da nova construção para eventos empresariais, como o município do Porto ficará detentor de apenas 20% do capital da nova sociedade gestora. À cidade rouba-se o seu património e espaço público, eliminam-se os seus espaços verdes e alimentam-se negócios, favorecendo privados.

Bastaria, aliás, invocar a lei nº 159/99 (sobre as atribuições e competências das autarquias) para saber que do papel dos órgãos municipais faz parte “o planeamento, a gestão e a realização de investimentos nos seguintes domínios”: espaços verdes, mercados municipais (artº 16º), teatros municipais, património cultural, paisagístico e urbanístico do município, gerir museus, edifícios e sítios classificados, apoiar projectos e agentes culturais não profissionais (artº 20º). E não faltam vozes de autarcas a reclamar mais competências. Mas no município do Porto vive-se a situação espantosa de um Executivo que não só não quer exercer as competências legalmente atribuídas, como as delega, com o apoio do PS, aos interesses particulares.

Motivados pelo exemplo das movimentações cidadãs que impediram a demolição do Bolhão (mais de 50.000 cidadãs e cidadãos subscreveram uma petição ao parlamento), temendo que se concretize a alienação de mais património ainda, os cidadãos e cidadãs do Porto, abaixo-assinad@s, exigem o fim imediato do processo agora aprovado e a salvaguarda do Pavilhão Rosa Mota e seus jardins como equipamento público para usufruto de tod@s numa cidade ecológica, sustentada e defendida pelo exercício do interesse público.

petição aqui

25.6.09

22.6.09

copenhaga. pouca internet. muito sol. frio. cansado. sonic youth em malmo


18.6.09

não sei se foi logo à primeira, ou se demorei alguns minutos. seguramente não foram precisas horas. depois daquela entrada fiquei apaixonado. era o amor à primeira vista tanto quanto possível. comecei instintivamente a pensar num futuro assim. comecei a ver quem me daria o número de telefone, quem me diria se faço o seu tipo. foi tudo muito rápido, na verdade, porque quando é o amor da nossa vida não há cá tretas. vou à praia. eu vou à praia

17.6.09

caramba, parece que estou esganado.
até fico rouco

sinto
uma
urgência
...
e pronto, a minha parte já está cumprida. daqui a pouco está aí em cima.

nova revista de isabel de sá e graça martins


com tudo para ser a publicação mais apetecível da poesia portuguesa em 2009, a revista «brilho no escuro», criada por isabel de sá e graça martins, apresenta-se no próximo dia 20, sábado, nos maus hábitos às 23 horas.

informação oficial:
INTERVENÇÃO POÉTICA -João Rios (diseur) e Tiago Pereira (violino)
Revista de Poesia - BRILHO NO ESCURO
Projecto e produção : Graça Martins e Isabel de Sá
edições anjo da guarda
1ªedição - Verão de 2009, Porto, Portugal
Tiragem - 100 exemplares (uma raridade)
Colaboram neste número: João Borges, Regina Guimarães, Rui del Pino Fernandes, João Rios, Isabel de Sá, valter hugo mãe.
Fotografias e desenhos: Ana Margarida Padrão, Bárbara Rebelo, Graça Martins, Isabel de Sá e Raquel Fonseca.

novos talentos fnac 2009 - governo


já está à venda a compilação «novos talentos fnac 2009», composta por dois cds, num total de 33 temas/projectos recentemente surgidos na cena portuguesa. entre apostas como the bombazines, márcia, peltzer, diabo na cruz, samuel úria, at freddy's house, b fachada, nuno rancho ou lobo, surge o primeiro tema do projecto governo, intitulado «meio bicho e fogo».
este governo faz-se com o antónio rafael e o miguel pedro (ambos integrantes também dos mão morta), com o henrique monteiro (também dos mécanosphère) e comigo, na voz. estes «novos talentos 2009» custam apenas 4 euros e os lucros (sim, ainda há lucro) revertem a favor da ami, para combate à info exclusão.

hoje ou amanhã creio ser possível mostrar-vos o belo vídeo que o meu amigo esgar acelerado fez para este tema para celebrar algo tão especial quanto o início de uma aventura musical com músicos que admirei a vida inteira.
o myspace do projecto está em myspace.com/ogoverno, e deve ter som não tarda nada

12.6.09

10.6.09

9.6.09

passam dez anos da morte do daniel faria

8.6.09

carta do klondike

Goldie, os dias estão mais quentes e o trabalho não custa tanto. O rio está mais largo e os ursos mais atrevidos. Nada que me assuste! Hoje apanhei um peixe parecido contigo. Dei-lhe um beijo e adormeci. Sonhei contigo...



Parabéns!

4.6.09

One Art

The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster,

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three beloved houses went.
The art of losing isn't hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.

-- Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) a disaster.

Elizabeth Bishop

aquele silêncio que esgana. estou esganado

2.6.09



1.6.09