28.2.07

hoje à noite, às 23 horas, eueueueueueueueu

esta noite, às 23 horas, no espaço da censura prévia, ali muito perto da estação de comboios de braga, em maximinos, estarei numa conversa em redor da exposição do autor com o rui effe, mediada pelo josé vilasboas. serão projectados alguns videos, entre os quais um do rogério nuno costa em que também se pode ver um sexo. se pela conversa não se quiserem mexer, venham pelo sexo, que sei vos interessar sempre mais.
o mote foi dado pela edição do meu livro pornografia erudita, na capa do qual, como já estão carecas de saber, apareço nu, e pela arte do rui, na qual muitas das vezes usa o seu próprio corpo em auto-retratos belíssimos. apareçam. digam a mais alguém. pela noite dentro. à conversa. para fazer amigos. ah, ideia do momento, quem quiser ser meu amigo pode dizer-me ou entregar-me um bilhetinho com a palavra bingo. vamos. a censura é prévia, mas é muito pequenina
(o quadro é do caravaggio, está visto)

27.2.07

falelitah carvalho

sem título

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primeiro concurso imperdível casadeosso

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agora é a sério, seis


e

miguel barreiros

sem título

«A minha foto foi tirada há 2 anos no lago Steinhuder. Como o lago é muito grande, é chamado de Steinhuder Meer (mar steinhuder). Eu reduzi a foto para caber no monitor. Se não conheces o lago, fica perto de Hanover, na Alemanha, onde de tempos a tempos vou lá passear. A foto foi tirada numa das margens do lago em Janeiro de 2005. No dia anterior tinha nevado muito e estava muito frio nesse dia. Aquela árvore desprendeu-se e foi parar ao lago. Em certas zonas do lago as pessoas costumam patinar, no Inverno»

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joão m

fotografia do anjo e do peixe mais os meninos e as experiências sexuais com cães

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joão m do um amigo pop

pedro teixeira neves

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paulo fogg

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paulo fogg tem mais trabalho aqui

26.2.07

joão paulo - memórias de quem

o joão paulo é o meu pianista de jazz preferido. melhor do que o keith jarret e outros que por aí andam tão badalados. depois de o ver ao vivo na casa das artes de famalicão fiquei deslumbrado para sempre. dediquei-lhe um poema no meu «livro de maldições». neste momento sai «memórias de quem», o seu novo cd, na clean feed, que ninguém com juízo pode perder.

isabel de sá - o triunfo da natureza

é este sábado próximo que inaugura a nova exposição de isabel de sá, sob o título «o triunfo da natureza». mulher de poesia e pintura sem medos, traz para a galeria símbolo (na rua miguel bombarda, porto, a partir das 16 horas) o trabalho sobre o qual escrevi para o número da magazine artes a circular neste mês de março a começar

joão carlos roque

sem título.
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joão carlos roque do blogue whynotnow

agora é a sério, cinco - danificar uma camisola

os óscares são uma patacoada que o mundo come. publicidade da grande para que se promovam duas coisas: um) o cinema americano; dois) a estupidez de alguém poder ser considerado definitivamente melhor do que todos os outros em artes tão delicadamente subjectivas quanto as de representar e afins. a necessidade constante que aquele povo tem de competir e de se revelar o melhor (fascinados por aquela palavra repugnante do sucesso), é doentia, e atinge proporções bílicas no momento em que por todo o mundo se dá ouvidos ao que querem que acreditemos. este ano gostei mais de filmes orientais. mas infelizmente andam todos muito preocupados com a enésima-infinita sequela do umbiguismo americano e não devem ter tido tempo de ir ao pobrezinho cineclube do bairro. enquanto assim for, será impossível pensar em libertar as salas portuguesas (e as televisões, por arrasto), do jugo mercenário das distribuídoras do tio sam. é uma violência obrigarem as salas a adquirir pacotes infindáveis de inanidades em troca de um best-seller garantido (que a maior parte das vezes também é uma inanidade). é criminoso que com isso se impeça o cinema de outras origens de ganhar tempo de atena e, assim, crie públicos instruindo o espectador num sentido muito mais lato do que é a arte e a vida.

agora é a sério, quatro - famoso metro do porto

isabel edite ramos

sem título.
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rogério nuno costa

after the storm

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rogério nuno costa do vou a tua casa

rita diniz

sem título
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pub - censura prévia em braga

Ciclo de mini-espectáculos para ficar a perceber ainda menos sobre o amor + ETCs #1 26 27 e 28 de fevereiro no E S PA Ç O.
26 27 e 28 exposição permanente bukkake de Rui Effe www. esteeomeucorpo.blogspot.com
26 27 e 28 das 21h às 0h O SR. LUCAS CONTINUA A RESTAURAR O PISO DO CÉU
26 27 e 28 às 21h30 em ponto para ficar a perceber ainda menos sobreo amor #1, um mini-espectáculo de Gaspar Machado e Sandra Andrade
28 às 23h30 «a exposição do corpo e da alma do artista», conversa com valter hugo mãe e Rui Effe, moderada por José Manuel Vilas Boas. Em torno do lançamento do livro «pornografia erudita», de valter hugo mãe, e do trabalho plástico de Rui Effe, exposto na Censura Prévia a26, 27 e 28. A conversa terá a finalidade de perceber até que ponto o artista se despudora para alcançar a obra.

pub - «saloon», de a. pedro ribeiro

«"Saloon" é o título do novo livro de poesia de A. Pedro Ribeiro, publicado pelas Edições Mortas que vai ser lançado na livraria Pulga no Porto (Parque Itália, Rua Júlio Dinis, 752-1º-Loja 70) no próximo dia 3 de Março, sábado, pelas 17,00 horas. "Saloon" sucede a "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro. Manifestos do Partido Surrealista Situacionista Libertário" (Objecto Cardíaco, 2006), a "Sexo, Noitadas e Rock n' Roll" (Edição Pirata, 2004) e a "À Mesa do Homem Só. Estórias" (Silêncio da Gaveta, 2001). A obra volta a ser apresentada no dia 7, quarta, pelas 23,30 horas, no Bar Púcaros, também no Porto (á Alfândega).
"Saloon" fala dos bares, dos saloons, da vida da noite na cidade, do “narciso do bar que controla”/ poeta-cantor libertino/ cowboy a gingar, da mulher (presente e ausente), do amor, do sexo puro e duro, dos jogos de sedução, da prostituição, dos copos até de madrugada, das alucinações, da loucura mas também de uma certa redenção/misticismo/messianismo expresso em poemas como "Jesus" ou "Madalena" e é ainda rebelião libertária/libertina em bruto em “Porto 2001”, “A Arder” ou “O Futuro Já Não É”. A ironia dada/surrealista, que marcou a anterior “Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro” é visível, por exemplo em “Mamas” ou “Oceano”.
A. Pedro Ribeiro ou António Pedro Ribeiro nasceu no Porto em Maio de 68 (não por acaso…). Andou vários anos por Braga, pela Póvoa de Varzim e por Vila do Conde e reside actualmente em Vilar do Pinheiro (Vila do Conde). É vocalista da banda punk-rock MANA CALORICA & LAS TEQUILLAS e há 19 anos que diz poesia em vários tascos, salas e saloons do país, tendo actuado em duas performances poéticas ao lado de Adolfo Luxúria Canibal e Isaque Ferreira no Festival de Paredes de Coura em Agosto de 2006 . É licenciado em Sociologia e foi fundador e é colaborador da revista “Aguasfurtadas”. Em 2005 a RTP e o DIÁRIO DIGITAL (Outubro) e o PÚBLICO (Novembro de 2004) noticiaram uma candidatura anti-capitalista sua à Presidência da República pela Frente Guevarista Libertária, organização acusada de derrubar em 2003 a estátua do Major Mota, antigo Comandante da Legião Portuguesa e presidente da Câmara da Póvoa durante a ditadura salazarista.
António Pedro Ribeiro foi também associado a uma pretensa ocupação ou encerramento do hipermercado Feira Nova em Braga em Setembro de 1990. Foi mandatário distrital em Braga pelo PSR nas eleições legislativas de 1995 e às Juntas de Freguesia da Póvoa (onde ficou a dois votos de ser eleito para a Assembleia de freguesia) e de Vila do Conde em 2005 e 2001 pelo Bloco de Esquerda, partido de que se afastou. Actualmente considera-se anarco-nietzscheano-guevarista.»

manuel a. domingos

todo o anjo é terrível
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manuel a. domingos do meia noite todo o dia

vítor guerreiro

sem título

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25.2.07

eva malainho

em directo, ao vivo e a cores,
para o primeiro concurso imperdível casa de osso (que eu não podia mesmo perder)
senhoras e senhores!
apresento
o monstro papa-este-concurso ! ! !
é só abrir o anexo (que está portanto anexo, entenda-se a esta mensagem) e poderá
totalmente grátis
disfrutar de uma visão
única
espectacular
mesmo muito boa
sei lá que mais
e mais ainda !
pois é, há coisas estranhas que saiem das ondas do mar e outras ainda mais estranhas que saem
sabe-se lá bem de onde!
ou sabe-se lá mal
ou mais ou menos
aqui fica a minha participação (e divagação que serve de acompanhamento)


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23.2.07

os dias de um génio

eu amo o zeca afonso. há nele tudo o que me seduz num ser humano e num artista. hoje, vinte anos da morte dele, estou convencido de que foi um génio e de que a mim compete apenas regozijar pela dádiva de existirem homens assim. homens que deixam uma herança inestimável a todas as pessoas do mundo

22.2.07

ricardo mariano

a outra rua

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ricardo mariano do vidro azul

sandra costa

A Viúva Perdeu a Cabeça
e
A Viúva Volta a Perder a Cabeça
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sandra costa do tubo de ensaio
como apenas conta uma fotografia por pessoa,
está em causa a primeira

samanta da silva velho

sem título
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tim bergman

Le Destin Du Voyageur
(musica de Arthur H, album: Adieu Tristesse)
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tim bergman do ilheu

livros de areia

por azelhice, não encontrei o blogue da editora livros de areia de que falei aqui. fica agora a ligação no cardápido do casadeosso, para notícias atempadas sobre o trabalho grão a grão deste projecto de que gosto

rui effe

"este não é o meu corpo,
mas o meu reflexo"
imagem digital - 2005

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marisa silva

sem título







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como apenas conta uma fotografia por pessoa, desta série está em causa a primeira fotografia

santiago santos

Os passos dentro de ti são rápidos - O HOJE - é um futuro de
sempre corrido no calor da tua mão.
o rio (aqui perto) está agitado e eu não o consigo adormecer
porque as palavras de amor foram A T I R A D A S ao ar dentro da
história feliz que é o meu coração.
Não vejo o que fiz de especial,
afinal o tempo corre como sempre e não quero ter mais janelas além
dos teus olhos -não quero ver o que acontece a seguir - se hoje
seguro a tua mão
FRIDAY MORNING


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santiago santos do cadillac-obsceno

ana sofia anselmo

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os dias de um génio

coro dos caídos
zeca afonso


Cantai bichos da treva e da aparência
Na absolvição por incontinência
Cantai cantai no pino do inferno
Em Janeiro ou em Maio é sempre cedo
Cantai cardumes da guerra e da agonia
Neste areal onde não nasce o dia
.
Cantai cantai melancolias serenas
Como trigo da moda nas verbenas
Canta cantai guisos doidos dos sinos
Os vossos salmos de embalar meninos
Cantai bichos da treva e da opulência
A vossa vil e vã magnificência
.
Cantai os vossos tronos e impérios
Sobre os degredos sobre os cemitérios
Cantai cantai ó torpes madrugadas
As clavas os clarins e as espadas
Cantai nos matadouros nas trincheiras
As armas os pendões e as bandeiras
.
Cantai cantai que o ódio já não cansa
Com palavras de amor e de bonança
Dançai ó Parcas vossa negra festa
Sobre a planície em redor que o ar empesta
Cantai ó corvos pela noite fora
Neste areal onde não nasce a aurora

nuno leal

Aqui dentro
Tu e depois eu
E depois outro eu
E depois outro tu
E depois ele
E depois ela
E depois outro ela
E depois outro eu
Atrás dela e de outro ela
Depois de ele
Depois de ela
Depois de ti
Depois de nós
Deste lado
DomiNós

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margem d'arte

sem título
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margem d'arte do margem d'arte

21.2.07

primeiro concurso imperdível casadeosso

eis o primeiro dia do primeiro concurso imperdível do casadeosso
quem pode concorrer:
podem concorrer todas as pessoas maiores e menores de idade, portuguesas e estrangeiras, brancas ou pretas ou às risquinhas, com marido ou mulher, dinheiro ou nada disso, bonitas ou feias ou mais ou menos.

como:
serão aceites a concurso fotografias originais. isso mesmo. quero receber as mais bonitas, estranhas, inusitadas, surpreendentes, certinhas ou todas erradas, fotografias que possam tirar.
publicarei todas as fotografias enviadas (contando não receber um milhão) e escolherei impiedosamente a vencedora.
atenção, uma fotografia por pessoa.
haverá, no entanto, uma atenção especial dada às fotografias tiradas com telemóvel que resultará no seguinte: se a fotografia vencedora em absoluto for tirada por telemóvel, a questão está resolvida, se não o for, haverá uma segunda vencedora, escolhida exclusivamente entre as «telefotos», que receberá um prémio surpresa arrebatador e lindo. podem crer. isto para acabar de vez com as polémicas geradas por quem tem ou não tem um telefone com câmara.
prazo:
recebo imagens até ao dia 15 de março. a 16 mostro a vencedora.

prémio (sim, porque isto está tudo muito bem pensado):
um exemplar do meu último livro «pornografia erudita» assinado e desenhado por mim. farei um esforço para que se torne num objecto único, preenchido por pequenos desenhos que aludam ao universo dos poemas ali inclusos; um exemplar de cada um destes livros da minha autoria: «a cobrição das filhas», «três minutos antes de a maré encher», «útero»; um exemplar do esgotado e já impossível de adquirir livro «exercício do bom amor» que contém poemas meus e ilustrações do esgar acelerado - a edição foi de apenas cem exemplares; um cd pirata com as músicas que, neste início de 2007, são as que uso para sonorizar a minha vida.
agora, é convosco. fico curioso. ganhem coragem e digam coisas. este é o email: nemporisso@portugalmail.pt
(a fotografia tirei nos maus hábitos e vê-se um trabalho de naoki seshimo e édulo de araújo valença lins. lindo, por sinal)

digamos que esta é a verdadeira visão

(fotografia de lucília monteiro. obrigado lucília)

gosto


os dias de um génio

é como se a morte entrasse em
casa, cansada de lutar contra quem
se põe eterno, num dia assim sem
mais nada, ridícula ante o génio,
boca calada, até desejando ser
quem não é. josé, olha para ti,
um homem simbólico, erguido
na voz igual a muro, céu ou
inferno. que a partir de ti há
quem traga coisas de nascer para
a praça e quem entenda que é tempo
de morrer. somos livres, somos
livre de te ter

agora é a sério, três

os dias de um génio

zeca afonso

é belíssimo o trabalho feito pela associação josé afonso na sua página virtual. oferece o mais limpo, organizado e completo conjunto de informações sobre o génio português, como nenhuma outra página em portugal faz sobre o autor de que versa. contendo toda a discografia, letras, fotografias, bibliografia passiva, loja, etc., etc., esta página é uma homenagem sobretudo aos admiradores que, assim, se munem de pistas sunstanciais para encontrarem aquilo por que procurem

os dias de um génio

zeca afonso


Minha mãe quando eu morrer
Ai chore por quem muito amargou
Para então dizer ao mundo
Ai Deus mo deu Ai Deus mo levou
entrou aqui uma mulher a dizer-me que eu estava a fazer muito barulho. como dormia, perguntei se estava a referir-se ao facto de ressonar. disse-me que não. desconfiou de mim e disse-me que eu estaria a dançar, na certa. sou manifestamente tosco nas artes performativas, não me queira ver a dançar, disse-lhe eu. estava a dormir, insisti. mas, nada feito, a pobre queria bater-me, prometeu que voltaria com a vassoura na mão se eu voltasse a incomodá-la. sorri. perguntei-lhe se era a super-mulher. disse-me que talvez fosse. respondi-lhe que quando era miúdo eu adorava a super-mulher e que queria muito muito muito fazer-lhe filhos. é assim que se desmancha uma vizinha. em milésimos de segundos ponderou tudo numa outra perspectiva e suspirou. básica

amália rodrigues - gaivota

no dia 14 de março próximo, o depósito legal (colectivo de que faço parte, com isaque ferreira e joão tiago martins) apresenta na casa das artes de famalicão um evento dedicado à resistente edições mortas. contaremos com a presença de a. da silva o., antónio s. oliveira (....), a. pedro ribeiro, gilberto de lascariz, raúl dimões pinto e virgílio liquito. a moderação estará a cargo do isaque.
faço o repto a quem tiver alguma questão pertinente a colocar a algum dos convidados, para deixar a sua sugestão na caixa de mensagens deste post. a edições mortas simboliza uma atitude muito especial no espectáculo cada vez mais deprimente da edição em portugal. é inegável o seu papel combativo contra a pasmaceira mesmizadora que nos assola. para fazer justiça ao seu esforço, contamos com a vossa colaboração

20.2.07

baby dee
sob as estrelas negras, eu e o antony estivemos a ver cada vez menos o passado e a pensar que o futuro, assim como assim, haverá de se acender tarda nada. sorrimos. no escuro, sorrimos e percebemos que estavamos a sorrir. foi muito bonito. quando estiver em nova iorque, quero dizer, quando eu estiver em nova iorque e nunca mais voltar, a única coisa que terei de igual com aquilo que aqui vou deixar, será a noite mais densa, e sempre a vontade de só existir futuro
(fotografia de alice o'malley)

19.2.07

agora é a sério, dois

agora é a sério, um

para responder a quem me vai perguntando sobre onde se pode encontrar o meu novo livro à venda, aqui fica a lista das livrarias com que a cosmorama já está a trabalhar. são as chamadas livrarias parceiras. o meu livro estará já em todas elas, havendo a possibilidade, se não for o caso - por estar esgotado, nomeadamente - de se fazer pedido de encomenda. o livro pornografia erudita tem chancela das edições cosmorama e pode também ser adquirido com pedido directo para o editor. corram a ligação para chegar até ele.

livraria portugal, rua do carmo, 701200-094 lisboa - 213474982 - www.livrariaportugal.pt
livraria latina, rua de santa catarina,2, 4000-441 porto - 222001294
giralivro, avenida joão de deus ramos, centro comercial girassolum – 2º, loja 221, 3030-328 coimbra - 239721381
livraria 100ª página, casa rolão - av. central, 118/120, 4710-229 braga
poetria, rua das oliveiras, 70 r/c loja 5, 4050-448 porto
maria vai com as outras, rua do almada, 443, 4050-039 porto
papelaria central albicastrense, rua rei dom dinis, 5/7, 6000-272 castelo branco - 272 344 228
livraria esperança, rua ferreiros, 119, 9000-082 funchal - 291 221 348 - http://www.livraria-esperanca.pt
livraria pára e lê, de samuel alexandre dantas da silva, rua 31 de janeiro, 47 a, 4910-455 vila praia de âncora - 258 915 043 - www.livrariaparaele.com
livro do dia, de luís filipe cristóvão, av. general humberto delgado, 6a, 2560-272 torres vedras - 261 338 924 - www.livrododia.com.pt
na emissão de hoje da prova oral, o rui lage vai falar de poesia e da sua pertinência na vidinha tão aparentemente apoética dos nossos dias. bom tema. verifiquem por favor

18.2.07

esta fotografia foi tirada no dia vinte e cinco de janeiro passado pela patrícia campos. está o joão gesta, eu e o isaque ferreira. naquele corredor, estranho e húmido, passam todas as noites dois cavalos alados que, por promessa de amor, ali se apeiam das asas e cumprem com os pés no chão o caminho de ponta a ponta. um dia, estou certo, o amor fará com que ninguém precise de asas, para que todos os corredores se transformem em praças e nada mais se esconda do sol

17.2.07

a imagem primeiro, o poema depois, um

é muito impreciso o morrer de amor, poderia
dizer-te apenas que amo quem tive por um
mês em toda a vida e me vendeu ao inimigo.
é ingrata a forma como te ato os pés e te
impeço de fugir, porque ao pensamento não
foram dadas pernas e vejo-te escapulir pelos
meus olhos, pelo interior azul das veias secando.
quero fazer-te morrer de amor por mim,
com a violência da urgência, superlativa
sobre a dádiva da emoção. quero acabar de
vez com a mania irritante de ires embora.
quero vingar-me de quem me deixou usando
a tua inocência ridícula, que desprezo, enquanto
me enfurece à medida em que te engano e te
faço acreditar, noite após noite, ao menos durante
um mês, que eu te farei feliz

imagem rui effe, poema valter hugo mãe

momentos floribella, sete

fred, caralho, seu conas, abre os olhos, meu cabrão. não vês que a delfina só te quer pelo dinheiro. porra, quem dera que a sic te invente uma morte para a gente se ver livre de um trouxa como tu. és o maior conas nojento da televisão desde sempre. porra. só me dá ganas de te esganar esse pescoço de galinha ruiva, catano

16.2.07

coisas que os macs fazem

eu e o nuno


eu e o miguel

15.2.07

curto e grosso

um bom amigo enviou-me um video de um trio inusitado entre uma mulher, um homem e um cão. vou apanhar chuva. aqui a cem metros fica o mar e está revoltado. estes dias trazem as coisas mais estranhas envoltas nas ondas. uma vez, cismei ver um homem a sair das profundezas e erguer-se na areia em direcção às casas. outra vez, vi nitidamente uma massa de luz que ascendeu do cintilar das águas. hoje, já sei, vou ver algo mais impossível ainda. é que o cão dominava a cena e parecia melhor do que o homem. ao menos pelo que a rapariga mostrava. caramba, pá, tens cá cada uma

(a imagem deslumbrante é, mais uma vez, do meu amigo rui effe)
fui jantar ao furusato, o meu restaurante japonês preferido, ali na maia, e esteve-se muito bem. obrigado companheiros. foi lindo. deslambidos de sensualidade e muita diversão. adorei. amei

14.2.07

não namoro. na verdade, há algum bom tempo que ninguém parece querer-me. sendo assim, nem um postal de são valentim vou fazer. prefiro roubar. este é do esgar acelerado (vejam a ligação para o blogue dele ao lado) e é muito ironicamente bonito

13.2.07

este gajo faz hoje anos.
parabéns.
estás bem estás
c.o.t.a.
(a fotografia é do luís tobias)

the temple bell . old jerusalem



francisco silva é já um dos músicos mais importantes do nosso burgo. ao terceiro longa duração do seu projecto old jerusalem, consegue não só consolidar-se como um surpreendente compositor e letrista, mas superar as expectativas - já altas - que poderíamos ter criado. the temple bell é, quanto a mim, o seu disco melhor produzido, melhor interpretado e onde se encontram algumas das suas melhores canções. entre registos que podem ser referênciados entre projectos como lambchop, will oldham, red house painters, low, etc., o universo de old jerusalem é já muito próprio e maduro, encontrando uma cada vez maior justeza da boa voz às destreza das composições perante a exigência das letras. as melodias estão lá, de forma nunca óbvia, para ouvintes requintados. sim, este é o requinte da música feita por portugueses. a boa música, marca bor land, para reiterar o bom trabalho desta grande editora portuguesa

não esperes do meu olhar a calma ternura
da paisagem. há em mim uma fome demasiada
capaz de fazer fremir a linha do horizonte.
não esperes no meu olhar a paciência ou
a majestade do respeito. há em mim um
amor demasiado capaz de fazer de nós
o mais castigador vento. usa a paisagem
para me colocares tão disponível sobre as
ervas, e usa o vento para me aludires ao
cabelo e até o horizonte se quiseres decidir
para onde desapareceremos a seguir, mas
entorna-te sobre mim em fúria e não esperes
senão o mesmo dos meus actos. até que possa
aceitar que és outra pessoa que não eu e que,
para meu desespero, não estás protegida no
mais insondável interior do meu coração

(imagem «olho porno, para valter hugo mãe» do césar figueiredo. muito obrigado césar. sem a tua belíssima imagem não existiria este poema, que, deste modo, também é para ti. muito obrigado. fiquei muito contente com o teu gesto. entretanto, para os espertos, deixo as ligações do césar pela net: http://holeart.blogspot.com/; http://artital.blogspot.com/; hhtp://seg2.blogspot.com/; http://tradital.blogspot.com/)