7.4.11

cosmopoética 02

a abertura oficial de alessandro baricco foi inusitadamente cómica, com o seu intérprete adquirindo um protagonismo considerável. entre o italiano e o castelhano, enfim, se encontram semelhanças que nunca como agora saltaram aos olhos, ou aos ouvidos, de todos.
defendendo que não é poeta e que tudo o que sabe sobre a poesia leu em livros de prosa que não são sequer sobre poesia, baricco explicou como era peregrina a ideia de o convidarem a ele para abrir um grande evento de poetas. é verdade. foi uma ideia peregrina, desculpada por todos por causa de ser ele o autor desse belo «seda» (em portugal na dom quixote) que me parece ser uma coisa boa que já o aborrece. de cada vez que alguém lhe diz gostar muito dele, fala de «seda» como se a sua vida de autor começasse e acabasse naquelas pouco mais de cem páginas.
o lêdo ivo é quem me salva. comentamos sobre o calor e o cansaço. poderia escrever coisas longas e belas sobre ele. fica a promessa.

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