20.2.05

fade in, isabel lhano, hoje

em leiria, um grupo de malta sexy criou o «fade in, mostra intinerante de música», que é como quem diz, uma contínua oferta de boa música, escolhida a dedo entre a vanguarda mais excitante do planeta. depois de gente como von magnet (só genial), xiu xiu (só genial), mão morta (só genial), foi a vez de, na sexta passada, apresentarem the strugglers, frog eyes e destroyer. à força toda entre o temperamental e o coração partido, foi mais uma noite de glória no auditório antigo do orfeão de leiria. daniel bejar e carey mercer em fanicos, e randy bickford em suspiros, valeu a pena ouvir e entender melhor o que está por trás dos criadores de «your blues» (9/10), «ego scriptor» (7/10) e «the new room» (7/10), respectivamente. em abril o fade in segue com coisas que têm a ver com um terceiro olho. a não perder.
na casa das artes de famalicão está aberta a exposição da isabel lhano, que mereceu ontem uma inauguração de arromba, com bar por graça, intervenção corporal de pedro carvalho, criação musical de paulo praça e som na caixa, seguidinho até às quatro e meia da manhã, posto pelo adolfo luxúria caninbal. quem já não vai a tempo de uma cerveja cortesia da casa, ainda chega certinho para apreciar os quadros da isabel. lindos de mais, cortesia da pintora.
hoje, eleições. dou ali um saltinho às escolas e volto já, para ouvir a tarde toda o akira rabelais, escrever um texto que me surpreenda e roer as unhas à medida que a noite cai e o lindo destino de portugal toma caminho para um ou outro lado

19.2.05

mexia, pina, plaza

foi uma conversa no fio da navalha a que manuel antónio pina acabou por propôr ao pedro mexia na última sessão das quintas de leitura. muito boa, com facadas de ambos os lados, em bom nível de divergência e cumplicidade. gostei da exposição franca das ideias. as leituras do pedro lamares, filipa leal e nana menezes, acompanhados pelo autor convidado, foram, como sempre, excepcionais. depois, na segunda parte e como é habitual, foi de arromba curtir o sucesso dos plaza, de branco imaculado a descerem sobre nossos tímpanos um manto da mais deliciosamente dançável curtição

17.2.05

rita fialho ao poder

rita, foste linda. o paulo damião já me falou. muito obrigado aos dois. fiquei contente e sensibilizado

11.2.05

digamos que estive fora e voltei a casa

deslumbrei com muita coisa. chamo a vossa atenção para o akira rabelais - só para irritar o anton kovas e tornar, em novo processo, o rabelais uma estrela pop. nova edição da prosa do woody allen a mostrar o quanto ele foi magnífico. cem desenhos expostos nos maus hábitos. se forem ver talvez me conheçam um milímetro melhor. correntes d'escrita esta próxima semana na póvoa, mesmo aqui ao meu lado. muito oportuno e sempre interessante. este ano volta jaime rocha, de quem gosto particularmente. entretanto, em vigo, conheci rafael barsuto, voz e único sobrevivente do mítico grupo mexicano los panchos. comprei um dvd de um filme espanhol antigo com o banderas nos seus dezoito anos. revi «os outros». leio os «cadernos de poesia», com um obrigado ao professor luís adriano carlos