31.3.08

emerenciano em guimarães

face, de rui effe. sempre

o livro da avó - premiado


o livro da avó, do nosso luís silva, foi galardoado com o prémio da fundação bissaya barreto de literatura para a infância. este concurso ocorreu no âmbito da celebração dos 50 anos da referida fundação, e está em estudo a sua continuidade. a escolha pelo livro do luís é mais que justa. o seu trabalho é de parar o pensamento. coisa de marcar lugar, desde já, entre os grandes ilustradores da nação. é com muita alegria que parabenizo este grande amigo por este grande reconhecimento

29.3.08

nota

tive o privilégio de integrar a comitiva do presidente da república portuguesa em visita oficial a moçambique. o privilégio, sim, porque se tratou de um esforço considerável para o estreitamento da cooperação entre os dois países do qual, espero, possa resultar uma melhoria efectiva do nível de vida dos cidadãos moçambicanos. moçambique é incrivelmente belo, como terrivelmente pobre. o povo é discreto, observador, algo formal. os moçambicanos de maputo pareceram-me à espera, num sinal profundo de esperança, pacíficos, pacientes até. ver maputo, esse espaço mitificado por tantos portugueses, foi um caminho rápido para se sublinhar a minha africanidade, esse nascimento distante em saurimo, angola. é com água que se vê cada coisa, como com água se parece pensar. áfrica precisa e merece ascender à dignidade do bem estar a que se pode aceder nos nossos dias. áfrica tem direito a abrir o bouquet de todo o seu esplendor

toda a gente está a chamar filho da puta a guillermo vargas habacuc

e agora só falta saber se este senhor existe, se esta exposição existiu.
se não passa tudo de uma imaginativa construção virtual

toda a gente está a chamar filho da puta a guillermo vargas habacuc

toda a gente está a chamar filho da puta a guillermo vargas habacuc

toda a gente está a chamar filho da puta a guillermo vargas habacuc

toda a gente está a chamar filho da puta a guillermo vargas habacuc

moçambique é feito à mão

moçambique é o melhor sabor

moçambique são os gala-gala

moçambique é livro de rua

moçambique é chá príncipe gelado

moçambique é praia perfeita

moçambique é magia

moçambique é elisa santos

moçambique é eusébio

moçambique é maria joão

25.3.08

amanhã começa o regresso. por esta noite, ainda o calor. o humano, porque o outro não é assim tão diferente que supere o sensível com as pessoas daqui. moçambique tem delicadeza, uma identidade bonita que nos emociona e nos dá as boas vindas. pelas ruas, entre quem vejo, descubro amores, muitos amores, âncoras seguras para cá voltar

21.3.08

maputo

durante uns dias estarei ausente.
verei maputo e espero fotografar para vos mostrar.
vou de ansiedade crítica. quero ir quero ir.
volto logo logo

20.3.08

ricardo serrano

por vezes, coisas importantes sobre amigos escapam-nos. a mim tinha-me escapado que o ricardo serrano criou um blogue. agora, ouvindo o que nos deixa ouvir, como pequeno vislumbre do que será o seu próximo disco, fico destruído de beleza. o ricardo serrano é dos compositores mais delicadamente melodiosos que conheço, capaz de suspender a respiração do ouvinte pela ternura que cria. em dadas alturas, tenho a sensação de seguir pelo som adentro, como meditando, inexistindo bastante e maravilhosamente. é até emocionado que vos aconselho a audição do seu piano, absolutamente imperdível

dia mundial da poesia

que por todos se crie uma palavra,
um verso à medida de cada um,
e de todos emane a celebração de quanto
existe, de bom e de mau, como só pela sua união
nos completamos e dizemos. digamos que por
todos se criou uma palavra, como se
um verso nascesse na medida de cada um,
pousado na mão, talvez, equilibrado entre os
dedos, brilhando, sem cair

nova página

ainda em construção, com conteúdos por completar, já pode ser visitada a minha nova página, da responsabilidade do nelson d'aires em www.valterhugomae.com

e espero que gostem ao menos metade do que gosto eu

19.3.08

leya outra vez

manuel alberto valente abandona a direcção editorial da asa, cargo que ocupava desde noventa e um. o grupo leya lê-se muito menos se não contar com o apoio deste profissional. o francisco josé viegas também se mudou como autor (e editor da babilónia) para a bertrand. estamos todos um bocado confusos com isto, mas é significativo que alguns homens fortes dos livros em portugal se demarquem perante a criação do novo império de pais do amaral. tenho muito carinho pelo manuel alberto valente, se não fizer mais nada, já fez mais do que o bastante pela literatura portuguesa. se houver novas ideias na costa, ficarei atento e preparado para aplaudir, como sempre

18.3.08

à luz da kabbalah

o livro «à luz da kabbalah» do meu amigo josé cunha rodrigues, é editado pela guerra e paz e pretende ser um guia espiritual, feito em português e por um português. tenho muito gosto em que um prefácio da minha autoria acompanhe o seu trabalho, pelo que lhe reconheço de honesta reflexão sobre as matérias mais insondáveis da vida. com pistas para o que pode ser uma vida melhor, este livro é, sobretudo, uma proposta de apaziguamento e de renovação de energias para quem possa querer exercer uma dimensão menos simples da existência.
o lançamento deste trabalho é feito no dia sete de abril no café in (lisboa), depois existem apresentações no dia vinte e cinco de abril, na fnac de braga, no dia vinte e seis, no clube literário do porto (onde estarei) e no dia dois de maio na fnac do norte shopping. estão convidados

17.3.08

exposição de rui effe na casa da juventude em esposende

articulações, sobre desenhos de rui effe

numa primeira aproximação, muitas das figuras de rui effe parecem vir daqueles bonecos de cartão que, com articulações de metal, movimentam membros e cabeça, cima e baixo e aos círculos. isto porque é frequente depararmo-nos com figuras cujos membros ou cabeça parecem jazer pelo chão como peças por montar na estrutura no corpo. esta é uma primeira impressão que ajuda a que só numa segunda camada de entendimento passemos dessa ideia, de alguma lúdica aparência, para uma interpretação mais correcta e gravemente mais violenta daquilo que afinal estamos a ver. é nítido que o que está em causa são figuras que apresentam algum tipo de deformação ou mutilação, numa intensa reflexão sobre a condição da diferença física, como um fascínio dotado de boa dose de medo. os excelentes desenhos de rui effe reflectem sobre a candura interior por oposição a uma acidentada forma. é como recorre muitas vezes a rostos e corpos infantis que querem aludir à esperança remanescente ou, então, já defraudada. isto vê-se como se effe mostrasse máquinas que se fizeram com defeito ou se avariaram, ficando jogadas para um canto sem saberem exactamente como agir, sem saberem o que lhes compete, afinal, na condição mais difícil com que se deparam na vida.

não há concessões. os corações são pretos e tristes. existem animais mesclados com as figuras humanas como se uns e outros fossem da mesma bestial qualidade. o definido de alguns membros não é acompanhado pelas proporções dos outros, criando aquela impressão de que quem não tem pernas muscula os braços, ou quem não tem braços muscula as pernas. existem, assim, elementos de perfeito trabalho físico, como apontamentos de beleza num corpo não totalmente completo, ou parcialmente imperfeito. tudo leva à ideia de o indivíduo ser, ao fim de contas, fragmentário e composto por realidades muito diferentes.

como um boneco, o homem é bicho de articulações estabelecidas entre medos e sonhos, entre braços, pernas e todo o espaço quanto ocupe. o homem é uma realidade só passível de ser aferida pelo recurso também ao subjectivo e até insondável, por se encontrar sem hesitação no complexo raio de ligações emotivas que, as mais das vezes, estão para lá do corpo, como um pé ou uma mão que se arreda e sabemos que, não podendo ser recuperados, farão sempre parte do indivíduo no que há de mais profundo na soma do seu ser

13.3.08

votem, por favor

num concurso nesta página:

http://www.saatchi-gallery.co.uk/showdown/index.php?showpic=122330

o duarte vitória, um dos meus pintores favoritos, tem um quadro magnífico no qual peço-vos que votem.
não custa nada. é só entrar nesta ligação e dar dez estrelas ao quadro e depois voltar ao que estavam a fazer.
obrigado, antecipadamente, aos milhares de vocês que o farão. muito obrigado

11.3.08

para divulgação, publico email recebido a 4 com o título «Proposta Comercial - se o Camões soubesse disto tinha escrito a segunda parte dos Lusíadas»

«Exmo. Senhor

Valter Hugo Mãe

Com os Melhores Cumprimentos.

Temos vindo a acompanhar com interesse os textos publicados da autoria de V. Exa. no site http://www.casadeosso.blogspot.com

A Guével Edições está presente no mercado editorial desde 2000, e iniciou em 2008 um programa destinado a editar, divulgar, publicar promover e comercializar títulos de Novos Autores Portugueses, que apresentem qualidade e inovação, e que queiram editar as suas obras - como sucede, no nosso entender, com os textos que V. Exa. vem publicando -.

Estamos cientes das vicissitudes de lançamento de autores ainda desconhecidos do grande público, e da limitação do mercado editorial e livreiro a nível nacional, mas com o intuito de fazer face aos custos inerentes da edição, lançamento e publicação da obra propomos uma co-edição da mesma com V. Exa., que poderá, caso entenda editar a sua obra, patrocinar financeiramente esta iniciativa.

Celebrámos protocolos com instituições financeiras de modo a poder oferecer a V. Exa. a possibilidade de facilitar o pagamento faseado inerente à co-edição

Gostaríamos de saber do interesse de V. Exa. na publicação da sua obra .

Disponibilizamos ainda informação comercial que enviamos em anexo, e está disponível no nosso site www.guevel.pt , pelo que aguardamos uma resposta de V. Exa. sobre esta proposta comercial com o intuito de agendar uma reunião.

Aguardamos por isso as mais breves notícias, subscrevemo-nos com a mais elevada Estima e Consideração.

Atentamente

António Guével Branco

Editor»

9.3.08

no blogue à margem, a carla milhazes faz uma apreciação sobre o meu romance.
podem lá chegar por aqui

8.3.08

famafest na casa das artes de famalicão, abre hoje, sábado, com mariza


faço parte do júri internacional do festival de cinema de famalicão organizado pelo realizador lauro antónio.
esta noite, por volta das 21.30h, o certame abre com um concerto da fadista
mariza.
a concurso, como sempre, estão obras que se prendem, de algum modo, com a literatura.
aqui podem ver a lista completa do que nos será pedido para avaliar.
a programação completa pode ser consultada
neste caminho.
para mais um evento de grande qualidade, confio que muitos de vocês apareçam. se me virem por lá - quase impossível não ver - digam coisas
eina, um livro diferente aqui

3.3.08

é terrível o dia em que maria gabriela llansol morre. é terrível para quem fica vivo.
ela eterniza-se. nós passamos muito num dia assim

açores