voltou calada. perdera-se noite inteira na floresta e alguma coisa lhe pôs o medo nos olhos. tenho medo de estar aqui, disse passados dias, quando já esperávamos que morresse num mistério triste. tenho medo de estar aqui, repetiu, na minha casa, a janela aberta para o sol, o meu corpo tremendo, desejando abraçá-la, tão perdido. como se a floresta cobrisse aqui as coisas com espantosa rapidez
24.9.09
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E calada seguia como se a palavra de quatro letras sufocasse todos os gestos, silenciosos os passos de quem não sabe seguir. Beijos pousados e abraços trocados na esperança serena de a escutar... Uma sílaba, um som, um sopro de instante que me ligasse a ela, outra vez. O olhar acolhia os medos distantes e nas mãos ensanguentadas de frio, guardava... o leito de um rio que perdera o correr.
ResponderEliminarGM