no meu post anterior alguém deixou um comentário dizendo não saber se eu acredito em mim próprio. hummm. um anónimo, claro, porque para dizermos estas coisas convém estarmos escondidinhos da silva. e é verdade. não acredito lá muito em mim. tenho a mania de que sirvo mais para coisas simples e de que qualquer proeza que faça não é suficientemente grande. expliquei-me? não me espanto com praticamente nada do que faça e estando feito nada me parece suficientemente grandioso para me satisfazer. por isso, corro continuamente e mesmo que não saiba para onde ir. eu acho que é apanágio de quem cria por necessidade - uma angústia em chegar a um lugar que realmente não existe, porque os artistas satisfeitos não existem e eu sou de uma insatisfação monstruosa que até me pode maltratar, mas da qual dependo para me reconhecer ou, mais dramaticamente, da qual dependo para ser
6.7.07
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Oi. é a primeira vez que entro no seu blog e dei de cara com uma resposta a algum leitor anônimo.
ResponderEliminarFoi engraçado. Mas isso me chamou a atenção... porque sua explicação para essa pessoa, foi ótima, você sabe quem você é, e isso te dá mais profundidade para dizer no que você confia em você ou não.
Isso não é ótimo?
Temos algo em comum, eu acho.
Saber seus limites, se conhecer afinal.
Enfim, espero q passe no meu blog para saber um pouco do que penso e escrevo... deixa um recado para eu saber que passou por lá, assim saberei também com quem posso conversar virtualmente.
hummm... compreendo o sentimento... ou melhor.. essa forma de ser.se..
ResponderEliminar:P
cumpz
ResponderEliminarAlém de bem escrito, (aliás, escrita que eu gosto) é quase um manifesto, que eu nao subescrevo mas admiro.
Muito bem...!A reacção ao comentário é, nada mais do que a elevação do espírito, razão e resignação, que nos coloca acima dos acidentes da vida, dos falsos preconceitos e do amor, do amor das riquezas...
ResponderEliminar"(...) peindre,écrire...l'impression procuré par la chose et non pas la chose: ça demeure inépuisable à la différence du concept, brutal et sans coeur."
ResponderEliminaruma palavrinha que me enviou Bernard Nöel hà pouco tempo, acho que ilustra bem o que escreveste.
Inépuisable...essa necessidade, nao
precisa de razao pra existir, a sensaçao desse momento e movimento criativo é incontornàvel,mesmo se insuficiente,ajuda-nos a ultrapassar toda forma de imobilidade inteligente...duvidar da duvida, é o meu lema, por isso desconfio dos under-control, desconfio d'eux comme de la peste!
Continuo a ler-te, somos muitos. abraço de LM, paris.
*
nunca se sabe porque se cria... nem para quê, nem para quem... será importante sabê-lo? o importante é continuar, diante da imponência de tudo o que nos ultrapassa... o resto é filosofia e atrasa a criação...
ResponderEliminarBoa!
ResponderEliminaro que li foi a descrição interior da genuína motivação para criar. O que quer que seja. Por mais nenhuma razão que o gosto de criar.