30.4.09
29.4.09
28.4.09
27.4.09
26.4.09
25.4.09
vinte e cinco de abril
24.4.09
o prazer da leitura
está à venda o segundo volume d'«o prazer da leitura». uma edição da fnac que vem assinalar o dia mundial do livro e cujas receitas revertem a favor da ami. custa apenas 4 euros. tem capa dura e ilustrações do antónio jorge gonçalves. estou muito contente com a inclusão de um conto meu, intitulado «os campos de velho», dedicado ao meu amigo vítor pereira, um rapaz incrível que vive para as bandas de paredes de coura e as transforma num lugar ainda mais fabuloso.
o livro contém contos de vhm, patrícia reis, richard zimmler, jorge reis-sá e jacinto lucas pires. ocupa já o primeiro lugar do top de vendas da fnac.
mais informação aqui
mundo cão, «a geração da matilha», à venda
fui ingénuo e tu tão fatal.
joguei-me todo e foi tão pouco,
o amor é o teu instinto mais cruel
enquanto te sigo melhor me faço o teu troféu
entrei no teu jogo como um louco,
eu sou o teu escravo mais leal
refrão ele:
ordena que te ame,
e odeia quando falho.
mas usa, abusa de mim e eu serei
feliz até ao fim
marquei as unhas no corpo,
tornei-me um bicho irreal.
infectei o lugar onde me punhas.
o amor é este monstro final
gostas do teu troféu erguido neste inferno?
marquei o corpo com as unhas,
pus-me um louco tão original
refrão ele:
ordena que te ame
e odeia quando falho.
mas usa, abusa de mim e eu serei
feliz até ao fim
refrão ela:
ordeno que me odeies,
amo que tu sofras.
o que uso, abuso, é sempre assim,
morrerá por mim
refrão ele:
ordena que te queira
e odeia quando paro.
leva-me, arrasta o meu corpo
desfeito em pó
refrão ela:
ordeno-te à minha beira,
amo-te monstro raro.
anda, eu quero-te morto,
desfeito em pó
23.4.09
dia internacional do livro
mayday, pelo trabalho digno, no 25 de abril uma manifestação da esperança e da liberdade
o buraco negro no interior da bandeira de portugal pretende significar o lugar desprezível para onde os precários têm sido metidos. um lugar cada vez mais nojento na consciência de um poder político e social que não se preocupa mais com dignificar o trabalho e o trabalhador.
dizemos abaixo a exploração, abaixo todos os símbolos nacionalistas: o ser humano é único e o buraco negro da sua exploração é todo o coração do mundo.
no porto, este sábado, os cidadãos do porto, e quem mais quiser vir, sujam o verde e o vermelho de portugal com as suas legitimas preocupações. por um mundo melhor. por um trabalho estável e justo.
o mayday é um movimento de cidadãos, não partidário e inclusivo que, na minha convicção, começa e acaba na promoção e exigência da prática de um emprego digno.
22.4.09
21.4.09
olafur arnalds
3055 - Olafur Arnalds from Marc Böttler on Vimeo.
quando ouvi olafur arnalds pela primeira vez voltei vinte e cinco anos no tempo, até quando me pus de amores com os melhores discos de wim mertens e de michael nyman. é verdade que poucos têm sido os compositores que têm conseguido um resultado válido com este tipo de simplicidade, dentro deste universo neo-clássico, onde os próprios gurus já se esgotaram grandemente. o tirsen quase me iludiu com dois ou três temas, mas não durou nada. não gosto mais do que faz, é vulgar e muito plagiador para os meus ouvidos rabujentos.
mas olafur arnalds é outra coisa. depois de estrear com o primeiro longa-duração intitulado «eulogy for evolution», editou um ep, «varitions on static», e agora fez o acto de generosidade última e criatividade máxima. propôs-se compor sete temas, um por dia, e em sete dias colocá-los para download gratuito na internet. o resultado é «found songs». canções compostas a partir de trechos anotados e em risco de esquecimento. canções como beleza urgente, guardada algures num desafio, um desafio vencido, de um músico por quem mais e mais pessoas se apaixonarão. podem encontrar nesta ligação o caminho para o download legal de um dos melhores discos deste ano.
ah, e sim, é mais um daqueles incríveis islandeses.
«os filhos do esfolador» - pelo toj
no domingo à noite o toj (teatro oliveira junior - da escola sec. oliveira junior, de são joão da madeira) apresentou, com encenação de cristina marques, a peça «os filhos do esfolador», que escrevi inspirado num conto de camilo castelo branco.
foi das coisas mais divertidas que vi. tive alguns quantos ataques de riso e adorei o modo despretensioso, mas eficaz, como a encenação foi feita. deixo aqui o meu agradecimento a quantos se empenharam naquela produção e, sobretudo, os meus parabéns
finalmente, a biblioteca digital mundial
20.4.09
19.4.09
18.4.09
17.4.09
isabel lhano, este sábado, a partir das 16h, na solar galeria - complexo de galerias da miguel bombarda
mayday porto - este domingo. vejam também o blogue (ligações especiais vhm - aí ao lado algures)
JORNADAS DO MAYDAY PORTO
Data: domingo 19 de Abril
Horário: das 15h00 às 19h30
Local: Maus Hábitos (Rua Passos Manuel)
O MayDay é um processo que pretende juntar pessoas e juntar ideias contra a precariedade e pelos direitos do e no trabalho. É também um processo para pensar o mundo em transformação e os desafios que as mudanças no mundo do trabalho e da vida colocam ao activismo.
Por isso, o MayDay Porto promove uma jornada de reflexão que será um momento de formação, não apenas em torno dos conceitos, mas da realidade do Código de Trabalho e do que nos podem ensinar as experiências sindicais e de organização de precários que têm acontecido noutros pontos do nosso mundo: a começar pelo MayDay na Galiza, mas também as experiências do sindicalismo de movimento social que têm lugar na Ásia ou na América Latina.
Assim, pretende-se criar um espaço aberto de debate e troca de ideias que possa tornar a nossa acção mais pensada e dar-lhe mais instrumentos de interpretação e de combate – ou seja, que a torne mais forte. Convidámos algumas pessoas para introduzir duas discussões, mas queremos que daí nasça o confronto e partilha entre todos.
As Jornadas são abertas a todas/os.
Contamos contigo.
Aparece e passa palavra.
15h00-17h00: PRIMEIRA CONVERSA - O que mudou no mundo do trabalho?
- O que é isso do (Pós)Fordismo? – José Ángel Brandariz García (professor de Direito da Universidade da Corunha)
- Código do trabalho: o que muda e o que permanece? – José Castro (Jurista)
17h30-19h30: SEGUNDA CONVERSA – (Novas) Respostas da Classe Trabalhadora
- Trabalho no call-centre e acção sindical: relato de uma experiência - Ricardo Salabert (operador call-centre, membro do SINTAV e do FERVE)
- Desafios do sindicalismo em tempos de globalização neoliberal – Hugo Dias (sociólogo, doutorando na Universidade de Coimbra na área do sindicalismo)
- MayDay e experiências de organização de precários: o exemplo galego - Antón Fernández de Rota (activista MayDay Galego, investigador em Antropologia na Universidade da Corunha)
Temos também o filme "Pão e Rosas", do Ken Loach, para passar
16.4.09
14.4.09
13.4.09
irregular flow from 4khz on Vimeo.
12.4.09
11.4.09
10.4.09
9.4.09
8.4.09
7.4.09
6.4.09
colecção abrir os olhos - histórias de valter hugo mãe
a booklândia é uma chancela dedicada aos mais novos, pertença da quidnovi, editora já responsável pela publicação dos meus romances.
isto para vos dizer que estão à venda os dois primeiros volumes da colecção abrir os olhos - histórias de valter hugo mãe. são livros com letras maiúsculas, para não desensinar às crianças nada do que é o mundo mais louco dos adultos.
estas são as capas que abrem para as histórias e que me parecem - eu sei que sou suspeito - muito muito bonitas. se tiverem paciência, procurem-nos por aí.
«a verdadeira história dos pássaros» e «a história do homem calado».
5.4.09
4.4.09
3.4.09
god 'less america - 001
não resisto a copiar aqui um trecho do texto que maria do rosário pedreira publicou no excelente blogtailors
Bem sei que agora, que perdi a inocência nestas coisas e pude viajar mais, também já sei que essa grande percentagem de leitores do Reino Unido (que, curiosamente, está a diminuir pela primeira vez por causa da Internet e afins) lê, sobretudo, «trash», pelo que Portugal não faz senão herdar os tiques da globalização, embora com o atraso que lhe é típico. Bem sei que agora, que perdi a inocência nestas coisas, faço aqui o meu acto de contrição e digo que também eu publico livros que prometem vendas rápidas – mesmo procurando que tenham uma estrutura irrepreensível, não estupidifiquem os leitores e, sobretudo, não incluam linhas de pensamento redutoras – para, com esse dinheiro, poder publicar jovens que escrevem literatura séria. Bem sei que agora, com a criação do Plano Nacional de Leitura, todos os alunos – seja qual for a sua origem ou nível de ensino – têm igual acesso ao livro (e nas visitas que faço a escolas encontro sempre nas bibliotecas exemplares muito manuseados, o que é um óptimo sinal). Bem sei, para terminar, que ainda não se inventou nada melhor do que a democracia e que não estaria aqui a dar opiniões (ou a reflectir, melhor dito) se não tivesse passado por esse episódio mágico e absolutamente necessário aos 14 anos. Mas quanto mais infantilizados e incultos nos tornarmos, mais facilmente seremos dominados, tal como o fomos quando éramos maioritariamente analfabetos. Ler e dar a ler livros de qualidade não poderia então ser um dos nossos deveres para com a pátria?»
para ler na íntegra
as letras como poesia
acaba de me chegar às mãos o ensaio de vitorino almeida ventura «as letras como poesia». numa encarnação anterior este livro foi editado pela objecto cardíaco, mas nunca chegou a ser vendido, sequer. agora, e muito bem, a afrontamento recupera este texto, sempre actual e brilhante, e coloca-o à séria no mercado. para quem quer pensar sobre o que dizem alguns dos nossos melhores músicos de entre aqueles que se preocupam mesmo com o que dizem. sobre antónio avelar pinto, da banda do casaco, jp simões, carlos tê, rui reininho, adolfo luxúria canibal, manuel cruz, sérgio godinho e regina guimarães. um livro a não perder por quem lê música a valer
atenção leiria - é este sábado, amanhã. dia 4. com ana luísa amaral, por certo um luxo
workshop Escrita Criativa (Poesia)
por Ana Luísa Amaral
4 de Abril (sábado)
Destina-se a todos os interessados na escrita de poesia, nos seus contextos de produção e nos seus processos.
Objectivos: sensibilizar os participantes para os diversos tipos de escrita literária, para a reflexão sobre as práticas de escrita e para as potencialidades da linguagem, na sua vertente experimental (a exploração dos efeitos de musicalidade, por exemplo) ou de exercitadora de cidadania. Uma reflexão e prática que se deseja poder contribuir para, nesse enriquecimento da reflexão sobre a linguagem criativa, o enriquecimento do mundo.
Formadora: Ana Luísa Amaral. Nasceu em Lisboa em 1956, vive em Leça da Palmeira e ensina Literatura Inglesa, Literatura Comparada e Estudos Feministas na Faculdade de Letras do Porto, onde se doutorou em Literatura Norte-Americana com uma tese sobre Emily Dickinson. É autora de dez livros de poesia e dois livros infantis. Está representada em inúmeras antologias portuguesas e estrangeiras, onde se encontra traduzida para várias línguas. Editada no Brasil, a sua poesia será brevemente editada também em Itália e na Suécia. Em 2007, venceu o Prémio Literário Casino da Póvoa/Correntes d'Escritas, com o livro A Génese do Amor e, no mesmo ano, foi galardoada em Itália com o Prémio de Poesia Giuseppe Acerbi. Em 2008, com o livro Entre Dois Rios e Outras Noites, obteve o Grande Prémio de Poesia da APE (Associação Portuguesa de Escritores).
Local: Livraria Arquivo
Horário: 10h30 às 13h | 14h30 às 18h30
Preço: 75,00€
Data: 4 de Abril
Inscrições até ao dia 28 de Março, limitadas a 15 participantes.
Se está interessado em participar, por favor preencha os dados abaixo. As inscrições poderão ser feitas ao balcão da Livraria Arquivo, por telefone e por e-mail, só sendo consideradas válidas após oficialização do pagamento, que pode ser efectuado também através de transferência bancária, para Nib Livraria Arquivo : 0035 2044 00043076930 03 .
FICHA DE INSCRIÇÃO
WORKSHOP ESCRITA CRIATIVA (POESIA), por Ana Luísa Amaral
4 de Abril
- Nome:
- Formação Académica:
- Profissão:
- Morada de Contacto:
- Código Postal:
- Tel./ Telemóvel*:
- Principais interesses:
- E-mail*:
- Data:
*preenchimento obrigatório.
A realização do curso será condicionada a um número mínimo de 12 participantes. Caso não se atinja o numero mínimo desejado o valor da inscrição será devolvido na totalidade.