«Todos os anos a Feira do Livro de Lisboa constitui, para os editores, um problema que parece insolúvel e com tendência a eternizar-se. No fim de cada feira têm sido os editores convocados para comparecer nas associações que os representam a fim de se analisarem as graves falhas verificadas na organização do certame. As associações prometem então melhoramentos, inovações, alterações radicais ao modelo que tem desde sempre presidido a este evento.
Perante as perdas verificadas ano após ano e a consciência do declínio da Feira de Lisboa, alguns editores têm apresentado propostas aos seus representantes, que normalmente são esquecidas de imediato.
O espectáculo é necessário à própria sobrevivência das parasitas associações que dizem defender os interesses dos seus «contribuintes». Chegado o momento das inscrições, porém, como é agora o caso, são exigidos pagamentos nada suaves com prazos bem determinados. Os agentes culturais, que dão corpo à feira, recebem quilos de papelada contendo regulamentos que ninguém lê e que, geralmente, ninguém cumpre.
Este ano, a Câmara Municipal de Lisboa não participa na organização da feira, deixando entregues a si próprios os seus aliados de sempre. É, pois, altura de a APEL e a UEP revelarem as suas capacidades e imaginação, informando-nos, antes de receberem os nossos cheques, que feira vamos ter, qual a sua localização no parque Eduardo VII, isto é, se começa em cima ou em baixo, se conta com restaurante e com pavilhões para lançamento de livros e palestras, etc., etc.
Nada nos foi comunicado, nenhum esclarecimento prestado até à data. É obra!»
Luís Oliveira (editor da Antígona)
Perante as perdas verificadas ano após ano e a consciência do declínio da Feira de Lisboa, alguns editores têm apresentado propostas aos seus representantes, que normalmente são esquecidas de imediato.
O espectáculo é necessário à própria sobrevivência das parasitas associações que dizem defender os interesses dos seus «contribuintes». Chegado o momento das inscrições, porém, como é agora o caso, são exigidos pagamentos nada suaves com prazos bem determinados. Os agentes culturais, que dão corpo à feira, recebem quilos de papelada contendo regulamentos que ninguém lê e que, geralmente, ninguém cumpre.
Este ano, a Câmara Municipal de Lisboa não participa na organização da feira, deixando entregues a si próprios os seus aliados de sempre. É, pois, altura de a APEL e a UEP revelarem as suas capacidades e imaginação, informando-nos, antes de receberem os nossos cheques, que feira vamos ter, qual a sua localização no parque Eduardo VII, isto é, se começa em cima ou em baixo, se conta com restaurante e com pavilhões para lançamento de livros e palestras, etc., etc.
Nada nos foi comunicado, nenhum esclarecimento prestado até à data. É obra!»
Luís Oliveira (editor da Antígona)
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