31.1.09

beije-me de novo quando me apanhar sozinho em casa. gostei. não quero que isto acabe nunca. dá-me gozo, sei lá, deve ser com certeza isso do amor

john martyn

faleceu john martyn, belo músico e amigo de nick drake. representou para este um porto seguro nas depressões e inspirações. faleceu um homem discreto que nos deixou um conjunto precioso de canções. a ouvir, a ouvir

30.1.09

trinta de janeiro

29.1.09

sim, claudete, mas não pode ser como me pede. já lho disse. a violência tem de ser comedida, não quero acordar os vizinhos e não posso, a qualquer hora da noite, vir à porta atender as suas exigências de voz alta. se tiver paciência, um pouco de paciência, alguém há-de surgir para entender aquilo que sente. eu sou só um escritor, não entendo, invento que entendo e preciso mesmo é de sossego e de ficar sozinho

vinte e nove de janeiro

28.1.09

câmara de lobos

meus caros, é estragadinho de emoção que vos agradeço o convite e a hospitalidade em câmara de lobos. paulo sérgio beju, rui pita, rubem teixeira, celina pereira, ester vieira, presidente arlindo pinto gomes, isabel santa clara, sílvia lopes, sílvia gordom, patrícia sumares, fernanda da gama, patrícia perneta, paula erra, dona marinete, padre rui, e todos os outros de quem não sei o nome completo, como a alexandra, dr. lourenço, dona teodora, etc. etc. etc., muito obrigado pelo carinho. muito obrigado por tudo

26.1.09

22.1.09

chamava-se claudete e saiu daqui há cinco minutos. eu garanto que não lhe bati, e se seguiu para a rua com ar de quem perdeu as ideias é porque faltam-lhe as ideias já por natureza. vou passar o resto do dia a ver se me distraio com outras coisas, porque não estava nada à espera que a saia curta que trouxe me toldasse os olhos como pestanas à beira das delícias. que precipício é a minha vida. que queda tão grande para a sala de estar

21.1.09

parabéns senhor jorge

divulgação - colectivo silêncio da gaveta, para o dia mundial de poesia

«Para assinalar o dia Mundial da Poesia o Colectivo Silêncio da Gaveta pretende realizar um acto poético sobre a forma de instalação:" A ideia passa por colocar poemas nas árvores do jardim da Avenida Júlio Graça em Vila do Conde. Para que as árvores traduzam em seiva e fruto as palavras dos poetas, convido-o(a) a participar através do envio de um poema. Associado a este acto decorrerão outras iniciativas de que oportunamente lhe daremos notícia. Para que se alcance uma verdadeira explosão poética agradecemos-lhe que envie esta mensagem a todos os seus contactos. Não existe qualquer impedimento se o poema for em língua estrangeira. Por último, cumpre referir que os poemas podem ser enviados para o seguinte mail:
vasques.manuel@gmail.com»

João Rios

20.1.09

obama

novas edições



















obrigado a quem compra e lê os meus livros. acabo de receber a
notícias de que, nos próximos dias, estarão nas livrarias a quarta edição de «o remorso de baltazar serapião» e a terceira de «o apocalipse dos trabalhadores». chancela da quidnovi. em 2009 será ainda reeditado o meu primeiro romance, «o nosso reino», esgotado há mais de um ano. manifesto assim o meu contentamento mas, sobretudo, a gratidão porque me é muito caro que de facto leiam e possam apreciar o meu trabalho, um trabalho tão dentro da pele quanto o amor que sinto pelos livros e pela escrita





pois é... estou de regresso aos discos.

quinta-feira, 22, no joyce irish pub - caldas da rainha
(celebrando o aniversário de miss s.)

sexta-feira, 23, no cinema paraíso - leiria

sempre na boa companhia do themoteo suspiro e el mariachi
(e de miss vice-president...)

a partir das 23 horas


19.1.09

joão aguardela

acabo de saber que faleceu o joão aguardela. é com um espanto incrédulo que imagino o mundo sem este músico e amigo que inventou lugares de excelente sonho para a arte portuguesa. o joão estava perto dos quarenta e longe de fazer sentido ir embora. é com um megafone no coração que lhe digo que o quero muito e espero angustiadamente que ainda me possa escutar
parabéns dona antónia

dezanove de janeiro



hoje estou de greve!

17.1.09

vizinha, sábado à noite já estarei de volta, depois de badajoz, lagos e lisboa. estou um pouco cansado, mas nunca de a ver. espero que possa aparecer. e, claro, este convite é extensível, se é que me entende

16.1.09

dezasseis de janeiro

Toma!

15.1.09

quinze de janeiro

Não vês esperança em nós, mas precisas de mim.
Se não te lembrares de mim durante o dia, não te escutarei esta noite.
Desculpa.

13.1.09

amo-te. agora é público. vês???

treze de janeiro

estou em badajoz. chove e faz frio. perto do rio há gente tremendo. não há vento, mas isto é espanha. e eu quero casamento. tratam-me bem. tenho sono. no hotel falam português. o pequeno almoço tinha marmotas. no chão alguém esqueceu uma carteira. os santos da capela ao lado fizeram zaragata a noite inteira. o cristo está de gripe. eu sinto uma aragem. mas é da minha cabeça. tenho sono. vêm buscar-me. admiro os insultos nas paredes. ninguém insulta melhor que os espanhóis. e o cristiano é o maior. chegamos à espanha e, só por isso, somos todos os maiores. como se eu tivesse responsabilidades na coisa ou fosse treinador. que brio, o de ser português e finalmente prestigiado porque o melhor futebolista do mundo nasceu no meu país. que insulto de frio

12.1.09

doze de janeiro

11.1.09

rodrigues da silva

acabo de saber pelo bibliotecário de babel que faleceu o jornalista rodrigues da silva, figura fundamental no jornal de letras. nunca o vi, nunca lhe falei de viva voz, mas tive os meus livros sempre enviados para as suas mãos e sei que os recebeu com o profissionalismo e o cuidado que todos nós reconhecíamos ao seu trabalho. tanta gente me falou bem deste homem, que sempre esperei poder vir a conhecê-lo. agora já não é mais possível. ficam os meus sentimentos e o respeito grato de quem lamenta a sua perda

10.1.09

blogue convidado do público


é com bom orgulho que esta casadeosso integra o rol de blogues convidados do jornal público. acontece a partir de hoje e deixa os seus habitantes muito corados de contentamento. obrigado aos leitores. tem sido gratificante ser vosso anfitrião. e obrigado ao público

dez de janeiro

9.1.09

o senhor importa-se de ir tocar saxofone para outro lugar. eu até gosto, mas estou a chocar uma gripe e não tenho cabeça para o desafinado do seu talento. por favor, vá, andando. andando. ou espirro-lhe para cima que o lixo

estes gajos são um bocado malcriados, mas, não sei, gosto


Faixa 09 ou o caralho from Isabelle Chase Otelo on Vimeo.

8.1.09

«a natureza revolucionária da felicidade» - esgotado

só para avisar que os bilhetes para «a natureza revolucionária da felicidade» esgotaram em uma hora. pode, no entanto, valer a pena integrarem a lista de espera, aqueles que não foram a tempo. à última, há sempre quem falhe.
e agradeço o interesse de todos quantos correram, bem como farei o que puder para que a noite do dia 22 seja especial.
muito obrigado, fazem uma revolução na minha felicidade

oito de janeiro

joão bénard da costa deixará a cinemateca

fui sempre terminantemente contra a continuação de jbc na cinemateca. achei um tiro no pé que se tivesse ultrapassado a lei para conferir «poderes vitalícios» a um indivíduo. não está em causa saber se o modo como desempenhou as suas funções foi meritório, porque por aí temos dezenas de presidentes de câmara, e outros que tal, empoleirados de pedra e cal a pretexto do mérito e da vontade do povo (que para o caso se viu na petição, com ar de anúncio de calamidade, que os vips assinaram).
agora, sabe-se que jbc deverá abandonar a cinemateca por motivos de saúde, e perante a saúde as ganas de mandar vão-se abaixo. lamento que assim seja, porque jbc é um dos nossos mais valiosos pensadores do cinema e autor das mais interessantes crónicas e, por aí, seria excelente para todos nós podermos contar com ele até eternamente.
mas se o motivo é lamentável, o afastamento de jcb da cinemateca é, para mim, necessário. o mesmismo também ali chegou e estou convencido de que uma cabeça nova, com vontade de fazer o que ainda possa ser feito, é essencial em todas as instituições. a hipótese de pedro mexia ficar à frente da casa parece-me fantástica e alegra-me. reconheço seriedade ao seu trabalho e acredito que seja para si fascinante fazer mais pelo cinema em portugal, como acredito que usará a imaginação que indubitavelmente tem para suceder.
vivo em vila do conde, cidade que deixou de ter um cinema há vinte anos e que se tem compensado com um cineclube que já foi mais dinâmico. neste espaço geográfico teria alguma oportunidade de me acudir do porto para ver clássicos em modos, assim postos em tela grande como os filmes a sério são feitos para se ver. e:
- agride-me que a dinamização cinéfila do porto não tenha nunca passado pela iniciativa da cinemateca, que nunca se propôs e apenas se disponibilizou, quando lhe pareceu, para colaborações pontuais.
- agride-me que, quando se levantou a hipótese da criação de um pólo da cinemateca no porto, a posição imediata de jbc tenha sido de desprezo da ideia, certamente porque gerir as duas casas e obrigar-se a vir ao porto mais vezes não lhe interessaria de modo algum.
- agride-me que no porto possa ver apenas um ou dois clássicos por semana. quando, num só dia, a cinemateca (de lisboa, digamos assim) pode mostrar mais do que o porto consegue mostrar num mês inteiro.
se isto, por si só, não revela a miopia da cinemateca em relação às suas genuínas funções de divulgadora do cinema, então já não entendo nada. ou as instituições só devem colmatar lacunas e potenciar os seus serviços quando as pessoas se manifestam? e foi preciso o quê? uma petição de vips? e era só o que precisávamos, agremiar vips para levar a cinemateca a fazer algo pelo resto do país (que manifestamente vai mais longe do que as pontes vasco da gama ou vinte e cinco de abril)?

7.1.09

«a natureza revolucionária da felicidade» - quintas de leitura

quinta-feira 8 janeiro são colocados à venda os bilhetes para o espectáculo «a natureza revolucionária da felicidade», integrado no ciclo quintas-de-leitura do teatro do campo alegre, programação de joão gesta. o título do espectáculo é o mesmo do livro inédito que se inclui no novo volume de recolha da minha poesia, «folclore íntimo».
como de costume, a procura de bilhetes para estes espectáculos é elevada, pelo que havia prometido a amigos e leitores avisar através do blogue sobre o momento de início de venda. não se enganem, os bilhetes são colocados à venda quinta dia 8, e o espectáculo acontece na quinta-feira dia 22 de janeiro. normalmente, em dois dias podem ficar esgotadas as entradas

contacto: bilheteira
glória ribeiro / paulo vasconcelos
bilheteira@tca-porto.pt
telef: + 351 22 6063000

o espectáculo é composto por:
leituras: valter hugo mãe (com barulhinhos de bruno pereira), isaque ferreira, maria do céu ribeiro e pedro lamares.
piano: pedro pereira
concerto acústico: slimmy

6.1.09

seis de janeiro

vinha pedir-lhe amor, como se fosse um pouco de arroz ou assim. é porque também precisaria de pouco. a mim qualquer coisa me basta e vindo de si, juro-lhe, o vir de si já seria mais do que suficiente. não me considere disparatado. pode ser um disparate o que faço, mas é de um juízo grande tudo o que fazemos para ir de encontro ao coração quando o coração está certo
possivelmente, mas não é uma certeza que lhe dou. façamos assim, se eu estiver com disposição, ligo-lhe. não vai ficar acordada a noite toda, deite-se e durma. se tocar, tocou. combinado. não me faça sentir mal por isto. entretanto leve o animal doméstico consigo. não me importa que seja de júpiter, é muito grande e dá-me cabo da cozinha. leve-o. sim, eu sei, tem um focinho adorável, mas para isso preferia um cão. estes bichos de outros planetas fazem-me ainda mais pena. não sei nunca se comem o que lhes dou com prazer ou com a resignação de quem não espera por oferta melhor

5.1.09

2008

encontram no pnetliteratura a minha lista de
2008 em miúdos e de modo parcial.
um fait divers para tempos livros, tempos discos e assim

cinco de janeiro

2.1.09

mais do mesmo

o meu amigo luís silva publicou no blogue dele este protesto que, na íntegra, republico aqui. porque determinadas coisas precisam ser ditas e ele di-las bem melhor do que eu:

«Apercebemo-nos de que as coisas estão a correr realmente mal quando se torna totalmente irreprimível a vontade de falar, de falar alto, de dizer BASTA !

Israel iniciou mais uma campanha totalmente criminosa na faixa de Gaza, alegadamente contra os militantes do Hamas. Com recurso a bombardeiros F-16 iniciou um bombardeamento sobre uma das regiões mais densamente povoadas do planeta cujas fronteiras o mesmo Israel vedou previamente. Neste momento as bombas caem sobre uma região com uma população semelhante à de Lisboa, mas de menor área, e de onde ninguém pode sair. Acrescente-se a isto o facto de o encerramento das fronteiras ser em ambos os sentidos, de modo que já há muito tempo que os abastecimentos normais de uma comunidade se deixaram de realizar. De vez em quando Israel abre um posto fronteiriço e permite a entrada de abastecimentos que agora são sempre de carácter humanitário, uma vez que o isolamento forçado tem vindo a provocar uma situação de autêntico desastre humanitário, com carência alimentar generalizada, escassez de medicamentos, falta de abastecimentos de toda a ordem, etc…( para não falar das consequências desastrosas que a interrupção de todo o fluxo de pessoas e mercadorias acarreta do ponto de vista estritamente económico)

Este acto pretende atingir o Hamas, mas qualquer pessoa com um mínimo de bom senso percebe, olhando para as fotos que nos têm chegado, que os mortos entre os civis são obrigatoriamente mais que muitos. Nunca é demais lembrar que ao povo palestiniano está vedada pela lei internacional a criação de um exército e que os ataques de rockets por parte dos palestinianos são feitos com recurso a material rudimentar, e que é este o único modo que os resistentes de Gaza têm de se oporem à ocupação (e mil outras violências que a nossa imprensa livre raramente refere), e de se insurgirem contra a indignidade que são vítimas quotidianamente. Ao longo de um ano aconteceram centenas de ataques de rockets palestinianos contra território israelita (que em rigor não o é por ser resultado de ocupação ilegal à luz da lei internacional, e em violação de um numero recorde de resoluções das Nações Unidas) que causaram a morte a 8 israelitas. Desde anteontem a vingança suja do exército “moral” de israel matou 320 palestinianos e feriu 1400. Até antes de anteontem, e desde a recente vitória do Hamas em eleições livres, monitorizadas pela OSCE , o exército Israelita já tinha assassinado mais de 13oo palestinianos. Tal estado de coisas têm a sua continuidade garantida por via do beneplácito dado às acções de Israel por parte de vários países ocidentais, liderados pelos EUA, esse grande exportador de democracia.

Estou mais que nunca convicto de que a internet há-de ser uma ajuda, por pequena que seja, uma vez que que graças a ela este desabafo há-de ir mais longe que as paredes do meu quarto. Se mensagens como esta se multiplicarem, talvez os donos do mundo se apercebam subitamente de que somos milhões a observá-los, a eles, absortos nos seus festins de sangue.

Os tempos estão perigosos e trazem à memória sombras funestas do passado…hoje em dia é mais difícil que nunca, em parte graças à internet, dizer, quando coisas assim acontecem, que “não sabíamos”…sou mais uma vozinha a clamar, se calhar no deserto, mas este post é o testemunho de que a mim nunca ninguém me poderá incluir no número dos que viu e calou.

P.S. este post é para continuar. Para já, deixo ficar uma imagem bem ilustrativa do rumo que têm levado as constantes negociações.»

1.1.09

muito curioso. visto daqui, o ano parece realmente novo. eu bem disse que era possível e que dependia da nossa vontade. tunga. um belo novo ano a começar para todos nós nos motivemos e ponhamos os pés ao caminho. embora aí, toca a mexer para frustrar as mandíbulas dos cretinos que querem fazer deste mundo um inferno maior