17.12.04

manoel de oliveira

há alguns anos atrás, antes de servir a tempo inteiro os intentos das quasi edições, trabalhei no centro de estudos regianos (associação criada para promoção da obra de josé régio, em vila do conde). aí, tive o privilégio de participar na organização das comemorações oficiais do centenário do nascimento do autor, acontecido em dois mil e um. entre peripécias e eventos, um dos maiores gostos que tive foi o de contactar com gente que admiro desde sempre, como agustina bessa-luís e manoel de oliveira, pois ambos foram amigos pessoais de régio.
hoje, num milésimo de segundo em que à minha cabeça acorreu o nome do realizador, peguei no telefone e liguei-lhe. disse-lhe que não se lembraria de mim, que eu era, entre tantos e tão importantes, apenas um rapaz jovem que o foi buscar umas vezes a casa, com os olhos a brilhar, sem pé para lhe explicar o quanto gostava dele. e sim, que hoje, se ele não achasse loucura, gostaria de lhe pedir que me autografasse os dvds que tenho e me deixasse dar-lhe, enfim, o abraço que há muito criei para ele.
estive em sua casa numa conversa animada por hora e meia. saí feliz da vida. agora que chegou às salas 'o quinto império', inspirado exactamente num texto de josé régio. agora que, na verdade, sem o régio à mistura, só estava em causa o quanto o admiro e lhe agradeço a arte

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