«adriana partimpim», adriana calcanhotto
canções para miúdos grandes. uma versão muito bem conseguida de um tema de amália. a adriana, sensível e bonita, sempre me afectou pela doce melodia de sua voz sobre o dedilhado das guitarras. como uma voz transparente e prestes a emudecer no vento. linda de mais, na verdade.
«bailarina», mécanosphère
esquizofrenia internacional. coisas de todo o lado do mundo em estertor sonoro contínuo. segundo longa duração de um colectivo mutante que prima pela desconstrução. urbanidade em todo o seu esplendor.
«a foreign sound», caetano veloso
o passarinho delicado, em inglês entre canções melhores e piores, mas sempre o passarinho de canto perfeito, timbrado a partir das nuvens como os anjos. surpreendente a versão de ‘body and soul’, que não é melhor do que a de billie holiday (a deusa insuperável), mas que é genial à mesma.
«indigo», bernardo sassetti
o melhor de sempre de sassetti. melodia e improviso. uma edição em versão dupla e especial, com aproximações à canção e à desbastação da experimentação. lindo.
«nús», mão morta
vinte anos depois os mão morta parecem sempre frescos de nascer. com a maturidade e a vontade de se manterem irredutíveis no rock duro sem suavizar. «nús» é mais um grande disco, com a marca fundamental de luxúria canibal e a aura emprestada de ginsberg.
«psappha, rebonds a & b okho pour trois djembés», pedro carneiro interpreta iannis xenakis
percussão por si só. pedro carneiro, português, um dos raros percussionistas com honras de gravar e apresentar-se publicamente a solo. um trabalho de luminosa contenção e sensibilidade.
«spaces & places», submarine
electrónica famalicense. gosto particularmente do luís ribeiro, na programação, que este ano fez também uma banda sonora maravilhosa para a peça de teatro dança ‘red shoes’ criada e encenada por paulo brandão. os submarine estão no pop electrónico com referências a sofa surfers ou red snapper. momentos muito bons por todo o cd.
«tralha», maria joão e mário laginha
quase não considerei este disco na minha lista. mas não consigo ignorar a voz da maria joão que, e isto é absoluto, é uma diva única nos espectáculos ao vivo. este cd é um bocado mau, se comparado com o que a dupla já fez, era urgente que deixassem de querer ser músicos pop e se voltassem de novo ao jazz – onde está a maria joão dos tempos da aki takase, essa é que era dura e genial.
«zen», zen
rock portuga com dentes de leão. sempre gostei dos zen, e este disco nem é o melhor caminho para se conhecer a banda, mas não deixa de ser do melhor rock que temos. imprescindível ao vivo, coisa de não perder.
canções para miúdos grandes. uma versão muito bem conseguida de um tema de amália. a adriana, sensível e bonita, sempre me afectou pela doce melodia de sua voz sobre o dedilhado das guitarras. como uma voz transparente e prestes a emudecer no vento. linda de mais, na verdade.
«bailarina», mécanosphère
esquizofrenia internacional. coisas de todo o lado do mundo em estertor sonoro contínuo. segundo longa duração de um colectivo mutante que prima pela desconstrução. urbanidade em todo o seu esplendor.
«a foreign sound», caetano veloso
o passarinho delicado, em inglês entre canções melhores e piores, mas sempre o passarinho de canto perfeito, timbrado a partir das nuvens como os anjos. surpreendente a versão de ‘body and soul’, que não é melhor do que a de billie holiday (a deusa insuperável), mas que é genial à mesma.
«indigo», bernardo sassetti
o melhor de sempre de sassetti. melodia e improviso. uma edição em versão dupla e especial, com aproximações à canção e à desbastação da experimentação. lindo.
«nús», mão morta
vinte anos depois os mão morta parecem sempre frescos de nascer. com a maturidade e a vontade de se manterem irredutíveis no rock duro sem suavizar. «nús» é mais um grande disco, com a marca fundamental de luxúria canibal e a aura emprestada de ginsberg.
«psappha, rebonds a & b okho pour trois djembés», pedro carneiro interpreta iannis xenakis
percussão por si só. pedro carneiro, português, um dos raros percussionistas com honras de gravar e apresentar-se publicamente a solo. um trabalho de luminosa contenção e sensibilidade.
«spaces & places», submarine
electrónica famalicense. gosto particularmente do luís ribeiro, na programação, que este ano fez também uma banda sonora maravilhosa para a peça de teatro dança ‘red shoes’ criada e encenada por paulo brandão. os submarine estão no pop electrónico com referências a sofa surfers ou red snapper. momentos muito bons por todo o cd.
«tralha», maria joão e mário laginha
quase não considerei este disco na minha lista. mas não consigo ignorar a voz da maria joão que, e isto é absoluto, é uma diva única nos espectáculos ao vivo. este cd é um bocado mau, se comparado com o que a dupla já fez, era urgente que deixassem de querer ser músicos pop e se voltassem de novo ao jazz – onde está a maria joão dos tempos da aki takase, essa é que era dura e genial.
«zen», zen
rock portuga com dentes de leão. sempre gostei dos zen, e este disco nem é o melhor caminho para se conhecer a banda, mas não deixa de ser do melhor rock que temos. imprescindível ao vivo, coisa de não perder.
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