30.12.07
29.12.07
vir de londres
26.12.07
24.12.07
17.12.07
as palavras mais enervantes de dois mil e sete, por ordem de gravidade
ota
chavez
phone-ix
tratado
15.12.07
é natal
arquivo de nuvens, o livro de estreia da marta bernardes, uma artista para o século xxi inteiro e a passar
«Se eu fosse uma faca seria
deslumbrante e triste.
Nos dias que correm uma faca
é sempre uma morte antiga,
nostálgica, obsoleta, mesmo
as de aço inexorável.»
pag. 78
na quinta passada, fez-se o lançamento e foi excelente a conversa da marta e a música com os amigos do grupo joão peludo. brilhante, para mim o mais sobriamente bonito momento da noite, esteve a voz da filipa leal, que entre ser poeta e jornalista, diz belissimamente. para cerejinha, a ana deus a cantar dois poemas da amiga, soube a pouco, dela queremos sempre mais. muito ofereceu o mágico jomaguy, a dizer poemas sinistros enquanto fazia truques de cartas e cordas. foi lindo. sim, grande quinta feira de leituras. como sempre
larkin grimm em barcelos
14.12.07
circo andante, porque é urgente esta diversão
o cybersilva tem isto tudo muito bem explicado e eu vou tentar roubar-lhe as informações para pôr a boca no trombone e vos convencer a passarem por uma das apresentações do circo andante, um espectáculo espectacular pró menino e prá menina organizado pela corda bamba, rainha imperial das artes de divertir o próximo com proezas nunca vistas.
assim, é nos dias 14, 15 e 16, e depois mais 21, 22 e 23, no auditório do rancho do monte em vila do conde. organizem-se, e apareçam.
o espectáculo inclui forças combinadas, acrobacia, malabarismo, trapézio, e outras disciplinas devidamente integradas num conjunto dirigido pela luisa moreira.
venham todos conhecer o espaço e a iniciativa, e assim confirmar o mérito e a qualidade deste pólo de novo circo que teima em marcar pela positiva todos os que com ele contactam.
contacto, para reservas e oferta de milhões de euros que não vos façam falta (com percentagem de dez por cento para mim): 968273093
13.12.07
terceiro aniversário do casadeosso
e de parabéns estão todos os que me aturam, entre tantas dicas pessoais e trafulhices sentimentalonas, por me ajudarem a acreditar que tudo vale a pena, porque ainda existe quem vale a pena
12.12.07
portal da literatura
11.12.07
o remorso de baltazar serapião - segunda edição
«Este livro é um tsunami, não no sentido destrutivo, mas no da força. Foi a primeira imagem que me veio à cabeça quando o li. [...] Quando foi publicado? E os sismógrafos portugueses não deram por nada? Oh, que terra insensível: este livro é uma revolução. Tem de ser lido, porque traz muito de novo e fertilizará a literatura.»
José Saramago
10.12.07
ler com o dedo
1. pega no livro mais próximo, com mais de 161 páginas - implica acaso e não escolha.
2. abre o livro na página 161.
3. na referida página procura a 5.ª frase completa.
4. transcreve na íntegra para o teu blogue a frase encontrada.
5. passa o desafio a cinco bloggers.
eis o resultado:
«podes cozinhar amanhã.»
caryl churchill «sétimo céu, uma boca cheia de pássaros, distante», campo das letras
passo o desafio ao nuno troblogdita, ao nuno coisas do gomes, ao nuno efeitos secundários, ao nuno dactilógrafo e ao josé rui teixeira equinócio.
6.12.07
old jerusalem
para alegria, e por pretexto do dia de ontem, fiquem com a bela canção «her scarf» e o seu tão bonito video
semanas eróticas em gondomar
5.12.07
4.12.07
3.12.07
o programa livros com rum fez um ano de emissões
29.11.07
o remorso de baltazar serapião - a primeira edição está a acabar
os filhos do esfolador - teatro - estreia sexta feira, dia 30
28.11.07
a notícia mais esperada para o acontecimento mais perigoso de 2008
27.11.07
edição limitada de 333 exemplares - jorge palma, na rastilho records - a não perder
rastilho:
25.11.07
quanto custa a cultura - é a questão que se faz
23.11.07
mesão frio
esta noite
21.11.07
amanhã, no público e na visão
quiche
20.11.07
19.11.07
peixe: avião, nova excelente música portuguesa
http://www.ruipedro.net/
luís silva - um ilustrador para mais do melhor do mundo
colaborador fixo da revista visão, tem feito o seu percurso com alguma discrição, passando por projectos inúmeros que agora culminam no aparecimento dos seus dois primeiros livros.
o livro da avó (com texto seu) e o senhor das palavras (com texto da isabel rosas), acabam de sair na boa afrontamento, impondo o trabalho do luís imediatamente. quem esteve, no sábado passado, na fnac do norte shopping a ouvir o abi feijó a falar sobre o livro da avó, compreendeu que o que aconteceu agora foi o vir ao de cima de um nome que vai marcar decisivamente o mundo dos livros «com bonecos» em portugal. por isso, e muito mais, muito me orgulho de vos convidar a visitarem o novíssimo blogue do artista, bem como a sua renovada página pessoal, onde encontrarão muitas imagens e informação diversa
18.11.07
labirinto – ideias escuras sobre o novo barroco de isabel padrão
a ocupação aturada do espaço da tela é, contudo, e ao contrário do que à primeira vista nos possa parecer, algo ordenada, na sua base obedecendo a uma interposição ou sobreposição de padronizações que se limitam umas às outras mas que não se anulam. quer isto dizer que, embora complexas, as composições de isabel padrão não se motivam pelo caos, antes pela sua insinuação, uma vez que, nos seus detalhes tudo se mantém perfeito e até indiciador de equilíbrio. poderíamos considerar que não tende para o caos mas vem dele, como se encontrasse um caminho para o tornar legível, habitável, profundamente estético.
o processo de isabel padrão afina-se por um efeito de colagem que opera pela sobreposição sucessiva dos elementos. existe um plano de fundo, já de si fragmentário, vário e suficientemente exuberante pelas suas cores e complicadas formas, ao qual se apõem novas referências. o que se sobrepõe, ainda assim, estando em evidência, não impede que, muitas das vezes, o fundo ressalte. para isso, a pintora utiliza amiúde o preto e branco nas figuras de primeiro plano, que não competem, simplesmente se colam sobre o jogo prévio. os quadros de isabel padrão são, em grande medida, a criação de tabuleiros delirantes onde as peças se colocam fora de casas, porque nada está absolutamente certo e nada está errado na composição resultante. são tabuleiros conseguidos por inteligentes relações entre estranhos, transformando o retalho de cada padrão num participante sempre importante, nunca menosprezando o mais ínfimo pormenor.
numa fórmula gráfica inteligente, que alia a contemporaneidade com o imaginário de outras épocas, a pintora cria um universo que mescla o efusivo dos planos de fundo com a austeridade e solenidade dos items apostos sobre eles. o uso destes elementos em preto e branco, com alusões quase sempre relativas a um mundo místico, funciona como imagens vistas em vórtices oníricos. há qualquer coisa daquelas velozes visões dos sonhos, nas quais se abrem espirais de cores onde alguns rostos e objectos se destacam com uma importância tantas vezes desconhecida para nós. perante as telas de isabel padrão podemos experimentar essa sensação bizarra de se ter cortado o tempo e, numa voraz torrente de luz, como um caleidoscópio que se acende intenso, algumas figuras se mostram como percepções espirituais ou manifestações do subconsciente. figuras que se relacionam só assim, por essa conexão insondável do sonho, acima das lógicas tão limitadas da razão.
é curioso que o resultado final das obras tenha que ver com um certo misticismo e até espiritualidade, porque em verdade o que acontece é a utilização do pendor decorativo dessas referências que acabam por impor ao quadro um tom desmistificador. se é notório o fascínio da pintora pelo imaginário mitológico e religioso, também é certo que a ele deita mão numa liberdade tal que o instrumentaliza, esvaziando-o do seu teor sagrado para o preferir pela directa vantagem estética. a perseguição de uma beleza gráfica, irónica e até sarcástica, é feita dessa vontade de transgredir perante os preconceitos erigidos sobre determinadas figuras ou assuntos para expor tudo pela sua natureza formal, despido de crenças ou qualquer espiritualização. neste trabalho, a morte, a medusa ou o anjo, bem como os símbolos cabalísticos, são meramente formais, como se participassem feridos na sua força simbólica. são símbolos, e como tal não poderão nunca esquecer o que representam, mas jogam nestes tabuleiros como outros objectos colocados num universo autónomo. não parece haver uma vontade de chocar pela facilidade, agredindo o que as figuras representam, existe antes um fascínio pelo que são enquanto metáforas dos anseios humanos. a transgressão que isabel padrão pode levar a cabo não pretende nunca tornar-se agressiva ou violenta por si só, é antes uma manifestação de liberdade que reclama o direito de despir todas as coisas do seu suposto carácter inviolável.
este facto de a aparente aspereza das composições de isabel padrão não ser consumada, revelando antes um contexto puramente humano e delicado, também é ajudado pelo lirismo que domina todo o trabalho. existe uma poeticidade grande de todas as telas, encontrada no romantismo de muitas figuras e na feminilidade acentuada das cores e padrões, remetendo inegavelmente para os papeis de parede mas, também, para os tecidos meticulosamente bordados, trazendo discretamente tudo quanto acontece para cima de mesas requintadas ou colchas de luxo. esta perspectiva de que os tais tabuleiros podem ser elaborados com fragmentos de tecidos cuidados, torna a pintura profundamente mais feminina e, ab initio, assumindo uma grande sensibilidade.
a pintura de isabel padrão é labiríntica, profundamente subjectiva, mais ainda por esse efeito claro de preferir as referências que usa pelo seu lado formal mais do que simbólico, o que torna tudo uma questão pessoal, como se entrássemos na cabeça de alguém e, obviamente, deparássemos com o seu complexo modo de funcionamento, muito para além daquilo a que estamos habituados a perscrutar ou até pressupor. é, pela sua força própria e genuína intensidade, uma revelação de carácter, levando a um dos mais demarcados estilos da pintura portuguesa recente. para uma determinada escola portuense, isabel padrão poderá ser um dos seus nomes cimeiros, autora de uma das obras mais fracturantes e, ao mesmo tempo, capazes de elogiar o passado; capaz, no fundo, de ser quem é enquanto autora e dotar a sua arte da estrepitosa diferença justificada por uma opção barroca incrivelmente honesta; uma opção, insisto, na génese de uma das obras mais valiosas da sua geração em portugal
isabel padrão e roberto machado na cooperativa árvore até 4 de dezembro, só perde quem perdeu a cabeça
15.11.07
14.11.07
9.11.07
8.11.07
5.11.07
31.10.07
30.10.07
29.10.07
tocou no meu coração
é com uma indisfarçável alegria que regresso, depois de receber o prémio josé saramago pelo meu romance «o remorso de baltazar serapião».
não vos vou explicar muito sobre o prémio, porque quem sobre isso quiser saber terá uma infinidade de textos na internet para ler, queria apenas acusar esta alegria, a gratificante condição de ter um novo grupo de amigos que muito me acarinhou e tão bem recebeu. tem de ser público o meu agradecimento emocionado ao patrono do prémio, aos elementos do júri, a toda a equipa da fundação círculo de leitores e, muito intimamente, às minhas editoras e toda a quidnovi. também aos inúmeros amigos e entusiastas, que tornaram estes dias numa festa contínua, o meu muito obrigado
28.10.07
25.10.07
parte extra: ó isabel, vou pensar em ti também. pena não poderes descer a lisboa para o sushi. beijos
24.10.07
www.valterhugomae.com
23.10.07
recebi um email a dizer isto assim:
atenção foram hoje inaugurados, os radares de controlo de velocidade, em todas as vias verdes.
não esquecer que o limite de velocidade é 60 !!!
senão... carta apreendida e 150.00 euros.
22.10.07
e o concerto do ano vai para os kap bambino
fica um video do you tube a partir do qual se pode ter uma ideia pálida do que é estar, de facto, submetido a uma carga eléctrica sem mediação possível pelos audiovisuais.
segundo grande concurso incrivelmente fabuloso casadeosso
do 0ponto0
regulamento aqui