31.5.07
30.5.07
amanhã inaugura a partir das 17 horas a exposição da isabel lhano na galeria s. mamede em lisboa
e vamos estar todos a dar-lhe uma força porque a admiramos muito e porque o trabalho dela é uma participação na beleza mais delicada do mundo. das 17 horas em diante, na s. mamede, ali na rua da escola politécina, a vir do príncipe real para o rato, «a concha quadrada» (que título lindo) mostra-se e convida toda a gente. (este quadro foi fotografado pelo nelson d'aires)
28.5.07
27.5.07
24.5.07
querem saber uma coisa que não achavam que eu dissesse?
acho muito bem que a lena d'água se mande a este novo disco com roupagens mais jazz numa maturidade que poucos artistas pop em portugal conseguiram viver. há qualquer coisa que faz com que a grande parte dos músicos portugueses envelheça mal, e a lena d'água, de robot teenager e inconsciente tornou-se numa senhora livre, atirada às coisas com uma doce loucura, mas muito mais bonita nos sons, muito mais
boa. o sonhador em full time nomeou o casadeosso para blogue com tomates. uma votação a acontecer aqui.
para honrar o mérito de tal nomeação, republico a capa do meu último livro de poesia, para o publicitar - a ver se vos convenço a irem comprá-lo, que a cosmorama é uma editora pequena e precisa de vender livros - e para matar a curiosidade dos preguiçosos que não vão ver os arquivos
25 marché de la poesie de paris
aqui podem ver a informação sobre a participação de portugal como país tema no marché de la poesie de paris deste ano a acontecer neste próximo mês de junho
aqui podem ver o meu boneco na página oficial do marché, contente por ter sido convidado para lá estar, de barba cortada, a falar em francês esquisito porque infelizmente dá-me para inventar palavras e ser muito preguiçoso
aqui podem ver o meu boneco na página oficial do marché, contente por ter sido convidado para lá estar, de barba cortada, a falar em francês esquisito porque infelizmente dá-me para inventar palavras e ser muito preguiçoso
23.5.07
21.5.07
18.5.07
primeiro a imagem depois o poema
ainda hoje te vi saborear em tragos os
contornos das traições
que todos os dicionários evangélicos exibem
como pecados.
inchas como as palavras portuguesas rudes
das penas,
condenaram-te.
tens por ti uma chaga nova em lapa a pesar-
te como vermelho.
já fizeram de ti soluços. fizeram-te ressaca
crespa de sal.
valia-te pensar a possibilidade de
adormeceres de mãos coladas ao peito
sem ouvir as histórias que os tijolos do teu
quarto rezam.
.
imagem de valter hugo mãe. texto de rui effe
17.5.07
albertino valadares
para que saibam que o pintor albertino valadares tem uma página pessoal acabada de estrear e que pode ser encontrada aqui
16.5.07
depois de muito se ter especulado sobre a editora que viria a publicar a obra poética completa de manoel de barros, eis que vejo, com boa surpresa, que a quasi já chegou lá e que o livro pode ser, finalmente, apreciado pelo público português. manoel de barros é um dos meus poetas de eleição; um poeta com muitas fragilidades, mas também muito encanto, como acontece apenas a alguns.
não é coisa de ser perdida, este livro. anda por aí à venda, até na internet, aqui.
14.5.07
12.5.07
ontem fui muito bem recebido em são joão da madeira na belíssima livraria entrelinhas, pelo ricardo silva e pela cristina marques e também por três amigas que leram poesia (olá clara, obrigado pelo teu simpático comentário no post abaixo) e por uma plateia muito interessada e simpática. agradeço, assim, o convite e o cuidado posto na sessão. gostei muito de ter estado com gente amiga, no concelho mais pequeno de portugal. obrigado josé e teresa pela companhia no café, obrigado renato pelo jantar bacana, és um madeirense impecável
10.5.07
poema do amor sem reservas, eufórico e irresponsável, inspirado no projecto old jerusalem e, por isso, dedicado ao francisco
existe uma pequena entrada
no lado escondido da casa,
por onde me encontro com ela
para não prevermos a velhice e
todas as dificuldades da vida
existe um coração à pressa
onde pomos o amor, e à pressa
nem velhice nem coisa alguma
nos há-de encontrar. tão bem
escondidos, para lá da pequena
porta da casa, onde só eu e ela
sabemos entrar
existe um espaço ocupado na
minha mão, porque tudo quanto
agarre terá de deixar lugar para
o corpo dela. mais ou menos precise
de trabalhar, sem este toque os
dedos fecham, até a boca pára e
eu esboro para a terra do chão
no lado escondido da casa,
por onde me encontro com ela
para não prevermos a velhice e
todas as dificuldades da vida
existe um coração à pressa
onde pomos o amor, e à pressa
nem velhice nem coisa alguma
nos há-de encontrar. tão bem
escondidos, para lá da pequena
porta da casa, onde só eu e ela
sabemos entrar
existe um espaço ocupado na
minha mão, porque tudo quanto
agarre terá de deixar lugar para
o corpo dela. mais ou menos precise
de trabalhar, sem este toque os
dedos fecham, até a boca pára e
eu esboro para a terra do chão
9.5.07
7.5.07
5.5.07
uma alteração grave nas luzes da casa fez parecer que alguém atravessava as paredes da sala. expliquei-o ao administrador do condomínio. abriu os olhos de espanto e perguntou se seria algum fantasma. surpreendeu-me. eu não havia posto essa hipótese. eu julguei que por fim me procuravam, ainda que chegando invulgarmente pelas paredes
4.5.07
à uma da manhã encontrei-me no centro de um campo infinito. eu e mais ninguém. cheguei ali por força da procura desenfreada de alguém. ali, o lugar mais abandonado. compreendi que procurar desenfreadamente alguém conduz redondamente à solidão. estou de volta. são duas da manhã e não procuro mais quem quer que seja. acredito ser esse o método para finalmente ficar acompanhado
3.5.07
2.5.07
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