21.3.07

sobre futebol, sim, também o meu blogue haveria de passar pelo futebol

o vítor guerreiro do arqueologia do corpo, enviou-me um email falando de um livro que traduziu e que vivamente aconselho, como vivamente buscarei nas nossas mais sensuais livrarias. tomem nota também
Franklin Foer: Como o Futebol Explica o Mundo

«Este não é um livro "sobre" futebol no sentido mais estrito da palavra. É uma análise da globalização e dos fenómenos que a acompanharam - guerra dos balcãs, tribalismo exacerbado e apagamento das culturas locais, como o nacionalismo mais aberrante acompanha a massificação mais abjecta - tudo pela perspectiva de um sector da política e da economia (sim, o desporto NAO é moralmente inócuo) que mais profundamente foi moldado pelo processo e que de mais perto o influencia. O primeiro capítulo, só para adoçar o palato, é sobre as ligações entre o hooliganismo sérvio e os grupos paramilitares, polícias e exército.É um bom texto de sociologia, sem cair nas palermices pós-modernas de muita dessa produção teórica recente - que por algum motivo muito irritante as pessoas associam à filosofia e despejam os livros nessa secção, mesmo que sejam de uma colecção chamada "antropos", escritos por sociólogos, e com erros filosóficos primários logo no prefácio.

Em contrapartida, espetam-se bons livros de filosofia na política, na sociologia ou nas ciências, só porque falam do mundo.»

3 comentários:

  1. hmmm... :)

    tou curiosa... :)

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  2. Apesar de ser um pouco paralelo ao post… Já encontrei O pós-modernismo explicado às crianças na secção de livro infantil da FNAC!
    Ana Lúcia

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  3. O supra-sumo do pós-modernismo consiste em escrever uma tese de 500 páginas sobre a impossibilidade de comunicar ou tentar convencer as pessoas de que não existe objectividade, recorrendo à argumentação para mostrar que a lógica é uma batata. Mudar o conceito de batata para que as batatas desapareçam da face da terra. A incomensurabilidade do alho e do bugalho. Gozar com a erudição e a pretensão alheia à ciência, com parágrafos torturados e desengraçados, cheios de vocábulos gregos, neologismos e construções frásicas tão malucas como pretenciosas.

    Depois perguntam se a realidade é real... e os livreiros já sabem onde o arrumar. Zás Pimba.

    Dizer que a objectividade é apenas a subjectvidade dominante pode parecer muito rebelde. Mas o problema é que todas as afirmações de existência pressupõem a objectividade, donde a afirmação que nega a objectividade ser tola. Podemos negar a objectividade de algo mas não a objectividade em bloco.

    A própria subjectividade é produção material, precisa do pano de fundo da objectividade.

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