um
vou denunciar a tua beleza às forças
do mal. para que sustentem a teoria de
que vens do paraíso ainda defendida pelas
coisas mais puras. e quero ver-te salva a
cada investida, quero ver-te protegida, e
se não forem divinas as forças que te
mantiverem intacta, hão-de ser minhas,
para te suscitar o amor e obrigar a vê-lo
por inteiro no melancólico desamparo do
meu tão cansado e ansioso olhar
dois
vou construir um muro em teu redor e
ficar a ver-te quieta sentada no chão. poderás
encontrar amigos na terra, pequenos bichos que
passeiem por aí e te queiram pousar na mão
por um tempo. vou amar-te em cada segundo
apreciando o teu silêncio e o teu modo paciente
de te veres livre do muro. e vou deixar-te partir
quando, apegada às pequenas criaturas, te apegares
a mim, pequeno no mundo, sem nada, apenas
vou denunciar a tua beleza às forças
do mal. para que sustentem a teoria de
que vens do paraíso ainda defendida pelas
coisas mais puras. e quero ver-te salva a
cada investida, quero ver-te protegida, e
se não forem divinas as forças que te
mantiverem intacta, hão-de ser minhas,
para te suscitar o amor e obrigar a vê-lo
por inteiro no melancólico desamparo do
meu tão cansado e ansioso olhar
dois
vou construir um muro em teu redor e
ficar a ver-te quieta sentada no chão. poderás
encontrar amigos na terra, pequenos bichos que
passeiem por aí e te queiram pousar na mão
por um tempo. vou amar-te em cada segundo
apreciando o teu silêncio e o teu modo paciente
de te veres livre do muro. e vou deixar-te partir
quando, apegada às pequenas criaturas, te apegares
a mim, pequeno no mundo, sem nada, apenas
feito para ti até ao fim
(fotografia da eva malainho - obrigado, eva)
Sempre a poesia como arma de arremesso contra a fealdade reinante no mundo...
ResponderEliminarcredo, chiça, que exagero de bonito... ;)
ResponderEliminaruma beleza que até "dói"
ResponderEliminarsei que não me canso de te ler
talvez por ter na alma o cheiro a maresia, misturado com o cheiro de terra vermelha, molhalha depois de uma chuva torrencial
Poeta, ler-te já é um vício
lena
obrigado pelos vossos comentários. fico um pouco sem jeito.
ResponderEliminarestou numa fase em que me apetecem os poemas assim, delicados, perscrutantes, como faróis acesos para serem só vistos pelos corações mais atentos.
abraço grande, ou beijos, e obrigado
Caro walter>: deixa-me dizer: lindos textos! pequenos gestos de uma beleza: um abraço, Rui coias
ResponderEliminaresqueci-me: não sei se já tinha dito: agora também me meti num blog, é este: www.fundamentos-da-passagem.blogspot.com
ResponderEliminarrui, que surpresa. obrigado pelas palavras e que boa notícia a do blogue. já vou tratar de colocar uma ligação no meu cardápio para te acompanhar. boa. bem vindo à blogosfera. estás porreiro?
ResponderEliminarolá valter: cá vamos, ok. obrigado! vai dando novas. estou sempre pronto para qualquer projecto de escrita ou ideia. um abraço, rui c.
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