a floribella veio cá a casa pedir-me para casar com ela. dizia, valter, por favor, não aguento mais o frederico, ele tem cabelo cor de cocó e preciso tanto de voltar para o norte. e eu disse-lhe, rapariga, ganha tento, com essa saia murchas-me as flores todas, até as que deus melhor me regou. e depois, dei-lhe cinquenta escudos, pensei, não tens nada, nem dinheiro, nem ouro, toma lá uma moeda com algum orgulho nacional a ver se te avias ali para os lados dos pescadores. com alguma sorte embarcas numa traineira e és feliz pendurada no mastro.
sabes, floribella, estou cansado de estar aqui à espera que me venham convidar para casar, e agora, assim como assim, apetece-me ser eu a dizer que não. por isso, volta lá para lisboa e enxuga as lágrimas. hás-de ter muito quem te coma. não precisas de mim para nada, minha querida. eu continuarei a ver-te atentamente. a sério, não perco nada, sou teu fiel seguidor, mas sem essa de amar e casar para sempre. vai. voa voa
(ilustração do maravilhoso chris anthony)
estou já a preparar o jantar para o qual te convidarei(emos). não será preciso casarmos ou amarmos muito.
ResponderEliminare deve ser possível levar esta empresa por diante algures nas próximas duas semanas.
só espero que me esperes...